domingo, 31 de janeiro de 2010

Beatles - parte II

E começaram a surgir na minha vida os bailinhos de garagem ou as reuniões nas tardes de domingo nas casas dos amigos.

Eram assim: a gente ia se reunindo na casa de alguém, sem nenhuma programação. E alguem acabava por ligar o som, que chamava-se vitrola na época. Surgia uma pilha de LP´s que eram os albuns de músicas.

Não sei de onde aparecia um refrigerante ou uma outra bebida qualquer. E dentro de pouco tempo estavamos dançando. Quantos namoros começavam e terminavam assim.

E existiam também aquelas paqueras que não se tranformavam em namoro e ficavam docemente suspensas apenas em troca de olhares, algumas musicas dançadas mais agarradinhos e é claro as músicas-tema. E esse músicas tema eram de quem? Ouvi alguém dizer Beatles? Acertou.

( Pausa: exatemente nesse momento a Globo News exibe uma entrevista com Pete Best o baterista inicial dos Beatles e que foi substiuido por Ringo. É isso . Para a alegria de milhões de fãs e apreciadores da boa música o mundo permanecerá  ouvindo os Beatles ainda por muitos e muitos anos.)

Por esse tempo os Beatles estavam deixando a fase de letras de musicas do tipo garoto-encontra-garota e garota-deixa-garoto. E em albuns como Revolver e Rubber Soul os Beatles passavam a mostrar ao que vieram. Entraram em uma fase de experimentações e ineditismos que iriam culminar em Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band um album que ainda hoje detem o titulo de mais importante album de rock da história da musica, ou ainda um album que leva o titulo de conceito.

Voltando às reuniões na tardes de domingo, dois locais ficaram para sempre guardados na minha lembrança: a Rua Pretoria no bairro da Vila Formosa onde eu morava em Sampa e era a rua em que morava a maioria dos meus amigos ( saudades do Luiz e do Hélvio) e a casa da minha tia Geralda na Móoca sendo que nesta última nossas reuniões eram embaladas por um compacto duplo dos Beatles onde se podia ouvir: Anna, Misery, Chains e I Saw Her Standing There.  A primeira - Anna - é uma balada, e a última um rock no bom e velho estilo dos rocks.


Agora chegou a hora de escolher músicas que representem a passagem dos Beatles por essa fase que é a fase em que eles sairam da adolescencia musical e caminharam em direção da fase adulta. É dificil viu minha gente.No meio de tanta música tem algumas que são puro experimento e não são digamos assim suas musicas mais tocadas, seus sucessos mais retumbantes, talvez nem sejam as preferidas dos fãs, mas estão recheadas da qualidade que só a ousadia de quem a fez proporciona.


E foram duas dessas musicas que eu escolhi para dividir com voces. Uma chama-se The Inner Light a outra I´m The Walrus.


- The Inner Light é de George Harrison. Para mim uma música que se aproxima muito do nosso querido xaxado. Foi gravada em 1968 e está no album Beatles Rarities. John faz o vocal de fundo bem como Paul. O solo vocal é de George. E Ringo não participa. Musicos de estudio: todos os intrumentos. Reparem: todos os instrumentos. Trechos de um poema japonês de Roshi, traduzidos para o ingles por R.H. Bluth, serviram de base para a composição da letra absolutamente intrigante e introspectiva.

- I am The Walrus faz parte do album Magical Mystery Tour gravado em 1967. Lennon toca melotron e faz o vocal de fundo. Paul fica com o baixo e vocal de fundo também. George toca pandeiro e vocal de fundo e Ringo fica na bateria. Tem um coral com seis rapazes e seis moças. E os musicos de estudio tocam oito violinos, quatro violoncelos e tres trompas. Segundo criticos é a musica mais intrigante dos Beatles. Vou repetir: a musica mais intrigante. Tem uma letra non sense  escrita por John e que tem frases estranhas como: sentado em sucrilho, pudim de matéria amarela, desbocada caranguejosa, sardinha de semolina entre outras.E tem mais detalhes a respeito que posso enviar para quem estiver interessado. É só pedir.

Amanhã tem mais.

Fiquem em paz.

Jonas

 Aqui The Inner Light.



E aqui I Am The Walrus

sábado, 30 de janeiro de 2010

Beatles - parte I

Até agora tenho feito um certo esforço para não falar desses moços que ficaram conhecidos como os Beatles. Mas agora resolvi que vou publicar alguns textos nesta e nas proximas duas edições aqui do Saúva.

Não pretendo ser técnico muito menos me perder em elogios para a melhor banda de rock de todos os tempos ( aqui foi o primeiro elogio, não dá pra evitar, mas eu espero que seja o último). Minha intenção é apenas dar a conhecer meus sentimentos em relação aos Fab4 algo que para muitos de voces, meus raros leitores, já é bem conhecido.

Começo por dizer que foi no fim de minha infancia e começo da adolescencia que chegaram aos meus ouvidos os primeiros acordes das primeiras canções da banda e que se eternizariam em mim, e o motivo não sei explicar. Lembro que no rádio havia um programa chamado Correspondente Musical se não me engano transmitido por um certo Helio Ribeiro. O programa era assim: ele ia passando por vários paises do mundo e em cada pais ele escolhia uma musica. E a ultima escala era sempre a Inglaterra e ele então anunciava de maneira quase ufanista dizendo primeiro cada um dos nomes dos musicos e depois quase gritava The Beatles! E o meu mundo parava. Todos os sons sumiam e eu ouvia apenas She Loves You, I Wanna Hold Your Hand e muitas outras. A partir dali eu me tornaria um fã incondicional dessa banda.

Já maiorzinho eu percebia especialmente em Lennon a natureza pacifista da banda. Nas entrelinhas de suas canções, no comportamento de cada um ( para o publico externo diga-se), no exercito de fãs que crescia cada vez mais pelo mundo inteiro, tudo convergia em mim como a possibilidade da realização de um sonho que é ver o mundo reunido em torno da paz. Nunca esqueci isso. Cada música dos Beatles que eu ouço - e pelo menos uma vez por dia eu ouço ao menos uma - me leva a sonhar com isso. Mas deixemos de lado o aspecto ludico, pois sou suspeito para falar disso.

Quero mostrar para voces, em tres partes, a evolução impressionante desse genios em sua convivencia com a musica. Num espaço tão curto de tempo, não foram mais que quinze anos, eles escalaram uma montanha enorme de inspiração, de originalidade e criatividade. Foram da base ao pico - sem trocadilhos - tão meteoricamente que a impressão que tenho é que os quatro se completavam de tal forma como se um alimentasse no outro uma verdadeira usina de criação. Passearam pelas escalas musicais como quem passeia em uma calçada.

Não estou muito certo que seja apenas dom. Não acho que eles tenham sido apenas bons musicos e bons compositores. Acho que havia muito amor entre eles pois só o amor poderia levar a tanta hamonia musical a tantas descobertas que ficarão para sempre marcadas na historia da musica universal.
Em Sampa, na Avenida Celso Garcia, bairro do Brás, havia um cinema chamado Universo. E foi lá que assisti junto com mais tres amigos ( sim a gente andava em grupos de quatro ) ao filme que aqui no Brasil ficou conhecido como Os Reis do Ieieié. A Celso Garcia foi bloqueada para o transito de automoveis. A rua foi tomada pela multidão de adolescentes. Dentro do cinema eu nem conseguia ouvir as musicas do filme. Mas e dai? Eu sentia! Eu sentia cada um dos acordes. Com os olhos pregados na tela, eu olhava para os Beatles como se olha para os irmãos mais velhos que moram lá longe. E eles vieram me visitar.

O que é dificil aqui é escolher as musicas que simbolizem mais fortemente aquela época. Então escolhi as duas que coloco ai embaixo. Pela sonoridade vocês perceberão os pouquissimos recursos técnicos disponiveis naquele tempo. Mesmo assim essas musicas ainda são vendidas e ouvidas pelo mundo inteiro, e são remasterizadas, regravadas, reinventadas. Tudo isso é mágico.
 
A primeira é A Hard Day´s Night.A guitarra base e o vocal solo é de John. Paul toca o baixo e faz vocal em harmonia. A guitarra solo fica por conta de George e na bateria Ringo. E inclui George Martin no piano.É a musica de abertura do filme que assisti no Cine Universo.

Depois tem And I Love Her. Que é do mesmo filme. John toca violão. Paul violão e vocal solo. George cuida das claves e violão também e quem cuida da bateria é Ringo. Essa balada de Paul tornou-se um standard internacional gravada por inumeros artistas. 

Curtam, amanhã eu volto.

Fiquem em paz.

Jonas

Aqui A Hard Day´s Night:



E aqui And I Love Her.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Pepsi e Agencia de Empregos

Recomenda-se muito que para alguém ser completamente feliz precisa fazer aquilo que gosta. E não tem nada mais desagradavel que voce ouvir uma pessoa choramingando pelo emprego que tem. Vejam por exemplo esse cara ai embaixo.




E acredito que todo mundo se lembra do Poderoso Chefão não é?  E aquele jeitão todo peculiar dele ao pedir que alguém faça o que ele quer. Em cima disso a Pepsi bolou esse comercial.




As vezes não econtramos palavras que traduzam exatamente nossa sensação ao ver algo que gostamos, e que achamos genial. E é um tal de dizer oooh! vixi maria! etc.. e até palavrões. Tem gente que usa certos palavrões pra exaltar, pra elogiar. Me deu vontade de fazer isso aqui também mas não dá para dizer um palavrãozão daqueles.

Então eu digo: esse video da Pepsi ficou...... du apendice cilindrico!!!



Fiquem em paz,

Jonas

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Palavra final

Queria a palavra final. Queria o apocalipse.
O fim. E nada mais.

Não queria traduzir. Adivinhar. Pensar. Comparar.
Queria parar.

Erro demais. Sofro mais ainda.
Espero e me frustro. Espio e choro.

Dou amor. Dou atenção. Dou zelo. Fibra por fibra.
É tudo um aborto. Incerto. Disforme. Irreal.

Só no meu imaginário. Não existe.Titubeio. Estremeço.
Perco o compasso. E caio. Sangro.

Fonte inesgotável. Hemorragia que não mata.
Não seca. Funda. Profunda. Sem fundo.

Tudo intocado. Tudo imaculado. Desde o inicio.
Nunca soube prazer.Não viveu. Nem morreu. Não sente. Não vê.

Virgem para o holocausto. Sacerdote que não vem.
Sem carrasco. Sem prece.

Espera inútil. Tempo sem fim.
Não passa. Nem me deixa passar.

Me perco. Não volto. Não vou. Nunca fui.
Principio, mas sem meio. Fim mas sem começo.

É nada.


Jonas

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

palavras - borboletas

De todas as propriedades das palavras a que mais me intriga são suas nuances.

Eu as escrevo de um jeito e elas poderão ser entendidas de tantos jeitos quantas forem as vezes em que serão lidas.

As palavras são como as borboletas, frágeis ao vento, tropegas. Mas como encantam!

Fiquem em paz

Jonas

Cuidar da individualidade

Vivemos tempos racionais demais. Tempos globais demais. Tempos em que importam as redes - de qualquer coisa. E somos convidados a viver em organizações, instituições, agremiações, sindicatos, ONGS, partidos, torcidas, grupos, não importando bem o titulo mas sim que signifique estar unido em torno de um pensamento único, ou se preferirem de um pensamento global.

Já não lemos mais que a loja de calçados da esquina faturou uns quantos mil no ano que passou, com os seus cinco ou seis funcionários os quais conhecemos. Agora ficamos sabendo que o comercio de calçados no pais todo faturou numeros que nos impressionam e nos fazem pensar que o dono da loja da esquina está milionário.

Não temos mais muita certeza se aquele sorvete do qual gostamos pra caramba ainda é fabricado por aquele tal fabricante. As vezes descobrimos que o fabricante do nosso sorvete faz também creme dental, acessórios para automoveis e é um grande plantador mundial de papoulas.

Não sabemos exatamente o que significa uma taxa de 10% de desemprego e muito menos sabemos a razão de tanto sobe e desce das bolsas de valores do mundo todo que, na TV, fazem questão de nos informar todos os dias.

E pela chamada rede mundial de computadores recebemos tanta, mas tanta informação que nem sabemos o que fazer dela.

E todos, ou quase todos, reclamamos de solidão. De um jeito ou de outro muitos de nós se isolam em seus mundos, receosos de expor seu bem mais precioso: sua individualidade.

Dado que tudo é universal, nós - ou ao menos eu - nos constrangemos diante do gigantismo que aparentemente a grande massa humana realiza lá fora. E pode ser que surja o medo de ser único.

O problema é que quando abandonamos nossa individualidade junto vão nossa originalidade e nossa criatividade. E perdendo isso acabamos por perder a felicidade da satisfação pessoal, da realização em muitas dimensões da vida.

Dirão alguns que agora melhorou e que em razão da globalização sabemos de mais coisas e por isso temos mais opções nas nossas escolhas. E não é errado pensar assim.

Mas não consigo entender muito bem por que o tenis que eu uso é igual ao anunciado pelo maior jogador de basquete lá dos States - país onde nunca pisei  - e por que no meu site de relacionamentos eu me comunico com gente do leste e do oeste e do norte e do sul, sendo não sei sequer o nome do meu vizinho e muito menos sei  o nome do padeiro de quem eu compro pão fresquinho todas as manhãs....

Fiquem em paz

Jonas

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Outros mundos legais

Mais otimas ideias do pessoal da Absolut.

Uma guerra assim até que seria legal, não???




Ou então que tal imaginar que a genialidade humana um dia nos fará dançar sob o sol a meia noite?



Qual voce escolhe?

Fiquem em paz

Jonas

domingo, 24 de janeiro de 2010

Manchetes da Folha






Essas são as manchetes da Folha de São Paulo de 23 e 24 de janeiro de 2010. Se fossemos pontuais poderiamos nos prender apenas a elas e sobre elas discorrer muitos comentários e tomar partido de partidos e discutir sobre os rumos das proximas eleições.

Mas não se trata apenas disso. É preciso pensar no global. Pensar nas razões de por que as coisas são do jeito que são.

E essas manchetes podem nos dar as respostas das perguntas que muitos de nós fazemos quando buscamos entender o que se passsa em nossa sociedade, em nosso país. Ou melhor ainda essas manchetes podem ser a tradução das atitudes equivocadas

Desde muitos anos atrás nosso país tem experimentado descaso pela educação. Por razões inexplicaveis toda  nossa sociedade tem dado pouca ou nenhuma valia a educação.

Não falo apenas da educação formal dos curriculos escolares que já é bastante ineficiente falo da educação que estimula e fortalece aqueles valores deixados para trás no caminho de uma corrida insana em direção ao abandono de uma sociedade preocupada com seus cidadãos.

Precisamos discutir um novo modelo de sociedade ou quem sabe resgastarmos o modelo abandonado.

Precisamos urgentemente dar mais valor aos individuos, preocuparmo-nos menos com números e resultados estatiscos. Um país definitivamente não se constrói com números e recordes do que quer que seja.

Um país se constrói antes de tudo com amor. Com dedicação, zelo e respeito mutúos.

Torçamos meus amigos para que num futuro tomara que não muito distante possamos ler manchetes que nos informem que professores receberam premios por sua competencia e que policiais combateram o crime e não se uniram a ele.

Fiquem em paz

Jonas

sábado, 23 de janeiro de 2010

Geladeirão

Eventos como esse acontecem cada vez mais. Tomara que eu esteja por perto quando acontecer algum.



E daí tem esse comercial da Heineken que esta sendo exibido atualmente. E é muito bom



Então muita gente pergunta como será que montaram aquele geladeirão de cerveja. Aí embaixo tem a resposta. Não foi assim uma moleza, mas que foi criativo isso foi.




Complicado mesmo foi transportar o container. Vejam só:



Fiquem em paz.

Jonas

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Para onde foram Zilda e Deus?

Quando acontecem tragédias tão gigantescas como o terremoto do Haiti ou as enchentes aqui pelo Brasil e que representam perdas de vidas valiosíssimas, ou mesmo quando nas tragédias pessoais, quando nossos amores são vitimas de violência, quando nossos semelhantes se agridem entre si e sem razão, é comum nos perguntarmos se Deus existe.

Duvidamos mesmo da existência e da presença de um Deus a respeito do qual aprendemos que é dele que nos vem as proteções, as graças e bênçãos.

Onde está Deus? Que Deus é esse que permite que tantas vidas sejam ceifadas tão estupidamente?

Esta última tragédia - a do Haiti - e que nos levou Zilda Arns, tem um simbolismo que talvez possa nos dar a resposta consoladora para esse nossa aflição e essa sensação de orfandade divina.

Zilda Arns propôs dedicar sua vida de maneira singela, doce, a cuidar da vida de nossas crianças pobres com mães idem.

Debruçou-se primeiro sobre as vilas e favelas do Paraná e em seguida nas de todo o Brasil e na medida em que seus sonhos e projetos se agigantavam não desanimou. Não sei, sei lá se alguém sabe, se ela tinha idéia do tamanho real da miséria, da pobreza no Brasil e no mundo.

Mas o seu trabalho foi atingindo proporções que pode ser que ela nem esperasse. Pode ser que suas contas iniciais sobre quantas vidas salvar tenham sido superadas de longe. Mas a dra Zilda continuou firme diante de um trabalho de proporções que só no Brasil chega perto de dar assistência à 2.000.000 de crianças. Não é pouco.

E suas mãos, seu intelecto, sua disponibilidade passaram a ser exigidos em outros países. Já com renome internacional não havia mais como evitar os chamados dos miseráveis do mundo todo.

É de se imaginar que dra Zilda já pudesse contratar representantes, profissionais gabaritados e de sua confiança que pudessem ir em seu lugar para divulgar e implantar a simplicidade de seu trabalho em prol do resgate da vida de tantos pequeninos.

Mas não. Dra Zilda em pessoa deslocava-se indo ao encontro dos que precisavam ouvir suas lições, sua orientações.

Detalhe: ninguém, nem mesmo sua família, sabia que por esses dias terríveis ela estava no Haiti. Deslocou-se em silencio indo ao encontro dos que precisavam dela.

Quem sabe dra Zilda descobriu Deus para nós. Quem sabe não nos cabe mais perguntar, exigir, clamar, reclamar a presença de Deus em nossas vidas. Quem sabe a presença de Deus em nós já está manifestada quando nos dedicamos a fazer o bem. Quem sabe a tarefa de realizar pequenos milagres para todos é nossa e não de Deus ou de outra pessoa

Quem sabe se nós não estamos tão acostumados e assim como achamos que podemos atribuir a Deus o pesadíssimo fardo de nos cuidar e de nos guiar, também não vivemos esperando que outros também façam o mesmo, e se não fazem dizemos que não existem.

Cada um de nós deve fazer! Não somos Zildas, Gandhis, Luther Kings, Lennons, mas podemos cada um do seu jeito, seja com palavras ou com gestos realizar pequenos milagres para os outros. Mas é preciso deixar a passividade de lado. É preciso assumir responsabilidades e deixar de esperar que os outros façam.

E nos perguntarmos: e eu faço o sol brilhar? E eu faço o bem? E eu mostro a presença de Deus na vida de alguém? E eu vou ao encontro do brilho do sol? Ou fico do lado escuro da vida em silencio e esperando que me façam o favor de clareá-lo? Será que eu corro atrás do amor? Ou fico esperando que ele chegue até mim?

E se fizermos isso tudo aí sim, e só assim, poderemos acreditar na inspiração divina e por ela darmos graças.

Fiquem em paz,

Jonas

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Apenas por seus olhos

Busco uma espelho que não me reflita.
Pra que tanta iluminação?
Eu quero o escuro
O silencio. Quero o meu sonho.
De onde vem todo o entendimento?
E quem precisa dele?
Em que franja do tempo eu me perdi?
Eu não devia estar aqui.
Eu não devia ter chegado até aqui.
Devia ter sido um andarilho.
Me livrar desse travo amargo
Sentir a lingua suave

Meus cativos, meu cativeiro
Apenas por seus olhos, apenas por seus amores
Eu me rendo...

Fiquem em paz,

Jonas

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Rato e vodka

A Vodka Aboslut está fazendo uma campanha cujo mote é " o mundo Absolut" e tem lançado um série de comerciais e entre eles destaquei esse que está ai embaixo e que diz o seguinte:" no mundo Absolut o dinheiro será trocado por gestos de gentileza."

A música é A Kiss To Build A Dream On e quem canta é Louis Armstrong.




E tem esse outro video bem bacana e que parece estar linha da enxurrada das recomendações para que tenhamos pensamento positivo, perseverança e outros que tais e nesse assunto o autor dá de 10.

Parece a propaganda de um queijo mas não é. É de um cara chamado John Nolan e que trabalha com animações eletronicas e a estrela aqui é um rato-robo.



Fiquem em paz

Jonas

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sensatez?

A qualquer hora me rodeará um sensato e me dirá - cale-se! Não há nenhuma sensatez no que voce diz e no que voce faz!

E eu o mandarei para o inferno.

Sai daqui maldito morno!! Sai daqui miseravel covarde!!

Quando eu sentiria a embriaguez do amor, se eu fosse sensato??

Quando eu me encantaria com a magica da descoberta por avançar sobre o desconhecido, se eu agisse com sensatez??

Quando - em nome da sensatez - eu me arrepiaria com o medo do vão seguinte??

Ahh os sensatos!

Não sabem nada dos prazeres da loucura, não deixam as taças transbordarem para delas beberem sofregos!

Não despertam antes de todos para não ouvirem o silencio da madrugada! E nem assistirem o sol beijar a lua.

Nada fazem em demasia e nada fazem de menos. Acham que tudo tem boa medida.

Não sabem que de tudo sempre cabe mais em tudo.

Equilibram-se na sanidade fantasiosa dos que tem certeza de tudo.

Moluscos, aninham-se na segurança de suas conchas que arrastam pela vida afora com medo do sol sobre a pele, com medo da chuva e da terra molhada sob seus pés.

Nem desconfiam que basta pisar a esquerda ou a direita do fio de suas mediocres existencias, para descobrirem que podem viajar em estradas largas cujos horizontes não se alcançam jamais.

Fiquem em paz.

Jonas

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Data Sauva divulga resultado da pesquisa

Divulgo os resultado da pesquisa lançada em 07/01/10 cuja pergunta era como evitar manchas de molho na roupa.

Resultados:

Parar de usar roupa branca     08%
Guardanapos-camisa escuros  00%
Levar muda de roupa              21%
Molho em copo                      52%
Deixar que tudo aconteça        17%

A saida preferida é, portanto, pedir que se sirva o molho separadamente, em copo, e bebe-lo com segurança e tranquilidade.

Agradeço a participação e aguardem reclamações do dono da lavanderia pela queda do movimento.

Fiquem em paz

Jonas

domingo, 17 de janeiro de 2010

Chorinho especial

Renato Russo, que dispensa apresentações, era um apreciador e um perfeccionista da música. Russo era um apaixonado por Beatles, seus contemporaneos e musica erudita também. E entre suas preferencias musicais estava também o chorinho.

Ele idealizou um projeto que não chegou a ser realizado e que consistia em fazer arranjos de músicas dos Beatles em ritimo de chorinho.

E para quem não conhece chorinho saiba que trata-se de um ritmo que mistura danças de salão européias  e  música portuguesa com influencia africana. Como choro só começou a fazer sucesso la pelo meio do séxulo XX, importado por danças de salão num periodo em que devido à abolição da escravidão comerciantes e funcionários publicos de origem negra passaram a se interessar por esse  tipo de música.

Voltemos ao projeto de Russo.Quem acabou realizando o projeto foi um cavaquinista chamado Henrique Cazes que convidou feras instumentistas e tocadores de choro: Carlos Malta, Omar Cavalheiro, Alceu Reis, Paulo Sergio Santos, Rildo Hora, entre outros. São 4 cd´s gravados entre 2002 e 2005.


Para mostrar um dos trabalhos para voces eu escolhi uma música que para mim é que ficou com mais cara de chorinho e chama-se When I´m Sixty Four. Caso você goste eu selecionei mais meia duzia de musicas que podem ser escolhidas na janela mais abaixo. Clique sobre o titulo desejado e você será direcionado para meu arquivo virtual. Lá você pode ouvir e também fazer download para seu PC.

Fiquem em paz e a vontade. Divirtam-se.

Jonas

When I´m Sixty Four






sábado, 16 de janeiro de 2010

Futebol musicado

A Umbro em conjunto com uma banda inglesa - aliás dizer que uma banda é inglesa é redundancia - chamada Kasabian lançou um Guitar Hero diferente. Esse é pra jogar chutando bola.

Então eles fizeram as projeções do jogo numa parede e rechearam de toda a parafernália necessária para divertir a moçada. E deu no que deu.

Vejam no video abaixo que o pessoal na primeira tentativa é um fiasco total. Mas já na segunda eles evoluem muito. E no video não é mostrada a terceira tentativa mas se ela houve desconfio que foi uns 100% de sucesso.

E se algum de voces é metaleiro e é chegado numa pelada aguardem , não a próxima Playboy, mas o lançamento definitivo do jogo.



Fiquem em paz.

Jonas

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Coca Cola e a máquina da felicidade.

Essa é bem bacana.

A Coca Cola instalou no campus de uma universidade - que ela não quer revelar - um vending machine diferente. É uma máquina que distribui felicidade em doses.

E divertido ver a cara de alegria do pessoal diante de uma máquina tão generosa e simpática.

Curtam!

Fiquem em paz,

Jonas

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Aos amigos

Todos nós recebemos diariamente e-mails de pessoas conhecidas ou não com diversas mensagens, correntes, conselhos, etc... Alguns até que são bacanas outros nem compensa serem abertos.

Um dia recebi um cujo titulo referia-se aos amigos ou coisa assim, fiquei curioso e abri.

No texto estava dito que o bom mesmo eram os vários, centenas sei lá, de amigos virtuais que o remetente tinha. E que esses amigos eram todos iguais. E que deles recebia mensagens lindas e para eles as enviava também, não importanto idade, sexo, crenças politicas e religiosas, e que mutuamente se consolavam ou riam ou choravam a partir das mesmissimas mensagens, e ia por ai afora.

Epa! Tem algo errado aqui disse eu para os meus atentos botões. Aquele remetente e talvez outros milhares do ciberespaço está colaborando para o fim da individualidade, e não quero nem falar de criatividade, fiquemos só na massificação, e no perigoso pensamento unico.

E a respeito de alguns de voces, meus pouquissimos e pacientissimos leitores,  eu sei muita coisa de outros nem tanto e de poucos nada sei, mas faço questão de trata-los como unicos, cada um de voces.  Essa deve ser a razão de que quando pensei em lançar o Saúva não me passou pela cabeça manter apenas uma linha de publicações: só piadas, só cronicas, só criticas, só musicas... Pensei mesmo nessa pequena salada quase completa que é o Sauva e através dele eu tento alcançar a individualidade de voces.

E isso é muito sério. Tem momentos que eu vejo ou um ou outro de voces nos meu textos, as vezes eu imagino que uma música vai agradar algum de voces de uma maneira especial, e é assim que eu tenho feito. Já coloquei ou tirei palavras que eu imaginei serem ou não adequadas a pelo menos um de voces.

Estou dizendo um monte de obviedades é claro e me perdoem por tomar o tempo de vocês com essas ululancias oceanicas, mas na verdade é tudo um gancho para eu dizer e mostrar uma coisa.

Muitos de voces, meus raros, talvez todos, saibam que aqui de minha janela eu avisto o sol nascendo. E tenho feito uma coleção de fotos, eu fotografo quase todos os dias, por que cada amanhecer que chega me parece mais bonito que o anterior, a emoção vem inevitável.

E olhando algumas dessas fotos - coisa que eu peço que voces façam também agora no video que montei e está ai embaixo- percebe-se que apesar de ser a mesma paisagem, apesar de ser o mesmo sol, apesar de ser a mesma hora, cada amanhecer tem beleza própria, tem cor propria e por que não? cada um me inspira uma oração diferente.

Cada foto dessas pode ser um de voces. Pois é assim que voces são, cada um com luz própria, cada um com sua beleza única, e cada um a me inspirar algo diferente todos os dias.

E peço que continuemos assim, unicos e irrepetiveis, personalizados a fim de que não seja perdida a capacidade cada um de nós tem de transformar o mundo, cada um a seu jeito.

No video a musica é Bridge Over Troubled Water composta por Paul Simon e um dos maiores sucessos da dupla Simon Garfunkel e é também um verdadeiro hino a amizade.

Aqui ela é cantada por Johnny Cash que gravou-a em dueto com Fiona Apple, sendo incluída no álbum American IV: The Man Comes Around (2002).

Fiquem em paz.

Jonas

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Zilda Arns - uma perda irreparável

Acabo de saber que Zilda Arns morreu no trágico terremoto no Haiti. Ela estava lá em missão humanitaria representando o Brasil.

Médica pediatra e sanitarista Zilda Arns foi fundadora da Pastoral da Criança um orgão da CNBB.

Todas as mortes ocorridas de maneira trágica como essas centenas que acabam de ocorrer no Haiti são sempre lamentáveis. Certamente a vida de excelentes seres humanos foi levada neste abalo.

E a passagen por aqui de Zilda Arns ficará marcada na dimensão humanitária da gente brasileira como uma das mulheres que com suas ações, seus dons e sua docilidade colocadas à serviço da vida das crianças de nosso país, como a pessoa que deixou  plantada a prova que com simplicidade e dedicação é possivel criar uma grande rede assistencial de resultados.

Estive através da Rita, que foi uma Agente da Pastoral, muito próximo das ações da Pastoral da Criança e o pouco que ví me qualifica como testemunha do importantissimo trabalho coordenado por Zilda Arns. Um trabalho singelo, uma idéia simples colocada a serviço da vida. Virá o dia em que saberemos quantas vidas de crianças pobres foram salvas por causa das ações desta Pastoral.

Que seus sucessores nesse trabalho saibam dar continuidade a ele e que nosso país possa ainda por muito tempo contar entres seus habitantes muitas crianças resgatadas da morte através deste trabalho.

Fique em paz Zilda Arns.

Jonas

Os limites do silencio.

“...Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa...”

Cálice – Chico Buarque


Uma vez assistí um filme com Andy Garcia interpretando um terapeuta e que se não me engano chama-se Os Limites do Silencio.

E fazendo uma  sinopse de leigo no assunto as coisas são mais ou menos assim: aconteceu que ele - o terapeuta - teve um filho adolescente que cometeu suicídio aos 16 anos. Esse guri era depressivo. A mãe insistia que ele tomasse medicamentos mas o pai resolveu encaminha-lo para um outro terapeuta seu amigo.

Ocorre que esse terapeuta molesta sexualmente o guri, filho do Andy Garcia. Daí o suicídio. Mais pra frente o Andy Garcia dará consultas à um outro guri cujo pai matou a mãe. E o pai matou a mãe por que chegou em casa e surpreendeu o que pensou ser um homem fugindo pela janela do quarto da esposa. Mas esse homem que fugia era o próprio filho que era molestado sexualmente pela mãe!

Chega ou querem mais??? Chega.

É um filme, eu sei. Mas sei também que na vida real, monstros de todo o jeito estão a espreita.

Monstros que adormecem no fundo do lago de almas de indivíduos aparentemente comuns, sociáveis, amorosos, muitas vezes realizados em varias dimensões da vida. E que se tornam em segundos estripadores, pedófilos, infanticidas, fratricidas e o que mais vier. E nos minutos seguintes à essas barbáries mergulham de novo para o fundo do lago. Cuja superfície parece permanecer intocada.

E parece que fatos assim estão acontecendo cada vez mais. A sensação é de que cada vez mais monstros estão sendo acordados por barulhos que ainda não estão muito bem identificados.

Mas eu desconfio que seja o barulho de nossa modernidade, de nosso egoísmo, individualismo, hedonismo, o entendimento simplório de que o prazer, a felicidade, começa e termina nele mesmo.

Estamos todos com medo da dor. E não nos damos conta que a maior dor é não querer te-la.

As vezes me preocupo.

Tem momentos que não tenho muita certeza de que o monstro que mora em minha lagoa permanecerá adormecido e indiferente à tantos barulhos.

Fiquem em paz.

Jonas

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Comercial da Audi

"Bom para o meio ambiente, bom para você."

É assim que termina esse comercial da Audi cujo próposito é mostrar as qualidades de seu carro movido a diesel e que, pelo que se deduz, sua emissões não são poluentes.

Mas o diferente nesse comercial é a abordagem de um assunto delicado como o suicidio ocorrencia que se, ao existir na vida de cada um de nós, deve ser descartada, evitada, enfim esquecida.

Quem leu a frase que eu escrevi ai em cima do Saúva, logo abaixo do logotipo, vai entender o que eu quero dizer.

Fiquem em paz.


Jonas


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Do maior para o menor.

De tuas horas que eu seja apenas um segundo.
Do teu tempo quero ser o fim.
Quero ser o fundo da garrafa vazia,
a tua dormencia.
Quero ser teu sono sem sonhos,
a tua ausencia.
Não quero ser teu vestido de festa,
quero ser o mais surrado.
A tua indolencia.
Das luas me basta ser a minguante.
Quero ser a noite, (pode ser escura),
que intercala teus dias.
Das tuas estações posso ser o inverno.
Quero ser a saudade do teu porto.
O horizonte do teu olhar.
As lágrimas antes do sorriso.
Quero ser teus medos.
Tuas angustias.
A tempestade que te assusta.
Quero ser tudo que passa.
O teu esquecimento.
Não quero ser a semente,
quero ser o sulco na terra.
Quero ser a sobra, o demais, a apara.
E descer do maior para o menor.

E assim pequeno, mesmo assim sem valor aparente,
continuar sendo portador de tanto amor...

Fiquem em paz,

Jonas

domingo, 10 de janeiro de 2010

Azuis - reedição.

Parte de vocês, meus pacientes leitores, já viu esse video. Fiquei com vontade de reparti-lo também com os que não viram.

E foi assim. Se tem uma coisa que me encanta nesse nordeste de meus Deus é o azul do céu. Em seguida vem os verdes. E só aqui, no nordeste, foi que me dei conta de como essas duas cores são tão harmonicas entre si e me fascinam demais quando colocadas uma junto da outra.

Mas é do azul que eu quero falar. Então eu montei um video que transborda de azuis, azuis que me felicitam todos os dias, e que me fazem dar tantas graças pela vida.

O vocal da musica, Bachiana nr 5 de Villa Lobos, é da soprano Amel Brahim Djelloul e o vídeo completo de sua performance pode ser visto neste endereço.

Fiquem em paz

Jonas




sábado, 9 de janeiro de 2010

Vacilo em Nova Iorque.

Deu no New York Times de 06 de janeiro.

Uma conhecida - não por mim - loja de roupas de griffe, uma certa H&M, em Nova Iorque ,joga no lixo as roupas que não vende ao final de cada estação.

Faz isso para não desvalorizar seus produtos vendendo-os como ponta de estoque ou coisa semelhante.

Não bastasse essa atitude insensivel diante de um mundo com tantas necessidades, os responsáveis pela tal loja vão além: fazem furos e rasgos nas roupas para impossibilitar seu uso por quem as encontrar!!

Daí me ocorrem coisas do tipo: qual o tamanho do lucro de uma loja dessa a ponto de jogar fora o que não é vendido? Será que alguns clientes dessa loja deixarão de comprar nela diante da resposta óbvia de que os lucros são escorchantes? Não seria possivel apenas reciclar essas peças de roupas a fim de que retornem  às prateleiras? E com isso economizar materia prima? E economizar em outras despesas que não dá para listar agora mas devem ser muitas? E por fim não poderiam simplesmente doar essas peças para instituições de caridade? E mesmo que tivessem a preocupação de que seus modelitos não sejam vistos em corpos de quem não é celebridade por que não doar para outras cidades, outros paises?

Finalmente me ocorreram muitas cenas que vemos diariamente daqueles  que mais sofrem no mundo todo, eternas vitimas de exclusões de todos os nomes ou marginalizações que interrompem vidas, adiam sonhos, e subitamente lhes arrancam o chão sob os pés.

E nós chamamos essas pessoas de vitimas do "sistema". E o problema é que o tal "sistema"  na maioria das vezes é incolor, insípido, inodoro. Nos parece algo que paira em nuvens levado daqui pra lá  por um vento que nunca se sabe de onde sopra.

Mas de vez em quando esse "sistema" vacila e mostra sua cara, seu nome e seu endereço.

Fiquem em paz,

Jonas

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Love Is A Many Splendoured Thing

Esta é a trilha sonora de um filme exibido no Brasil em 1955 e que teve o título de Suplicio de Uma Saudade e não! eu não era o lanterninha das sessões daqueles dias não senhores, pô. Ou talvez como diriam naquela epoca: homessa!

Foi gravada por um monte de gente. Entre elas Nat King Cole e Frank Sinatra. A versão que está ai embaixo foi gravada por Ringo (ex Beatle) e ficou bacana demais.

Curtam, quem puder dance, quem puder cante e quem puder dê um olhar 43 para pessoa do lado.

Fiquem em paz.

Jonas






Lyrics

DataSauva pesquisa molhos de tomate.

Uma das minhas encafifações ultimamente é que venho notando uma irresistivel atração dos molhos de tomate por roupas brancas. Reparem. Basta vestirmos um roupa branca e lá vem o desejo de um espaguete ao sugo, quem sabe uma lasanha ou até mesmo um filè a parmegiana. Se for em um happy hour o filezinho aperitivo logo se apresentará em nossa mesa, sendo que o molho deste é apenas uma derivação do de tomate na sua propriedade de insistir em respingar em nossa roupa branca.

Sabem os dois, tanto o molho quanto a roupa branca, que em algum momento nos descuidaremos, e a roupa branca, digamos assim numa quase virginal espera sobre nosso colo, deixa-se manchar de generosas, as vezes exageradas, gotas do molho. Enfim juntos, arrancam-nos da nossa própria distração e nós, desesperados, subitamente envergonhados pela aparente falta de coordenação, dizemos xiiis e putzes pulando para trás buscando gardanapos e molhando-os na ponta da lingua na tentativa vã de impedir que a união do molho e da roupa branca se consuma. Que nada. A junção se dá rápida e inevitável.

Porque? Que atração é essa? Como impedi-la? Que fazer com esse apetite por molhos pelo qual somos tomados cada vez que usamos roupas brancas? Porque esse vexame publico a que somos submetidos pois ainda horas após ter-se dada a desastrada união, os amigos em volta ao olharem para nossa roupa perguntam: tava bom o espagueti?

Será que devemos parar de usar roupa branca? O restaurantes devem passar a fornecer guardanapos-camisa de cor escura?  Devemos levar uma muda de roupa?  Devemos pedir o molho a parte em um copo e bebe-lo separado?

Respondam a pesquisa no canto direito superior, por favor e me deêm de volta noites tranquilas de sono.

Fiquem em paz.

Jonas

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Tristeza

Sinto a tristeza do fim de domingo.
A tristeza das 18 horas, Ave Maria,
quando tudo está a meia-tinta, opaco.
Sinto a tristeza da chama de uma vela,
luz frágil, suscetivel à um sopro,
e que tem a sua vida medida por si mesma.
A tristeza da impotencia.
Sinto a tristeza de quem não sabia que
fazia algo valioso pela ultima vez.
A tristeza da garoa ( não é nem chuva nem sol).
A tristeza de ser obrigado a sair do
quarto de um menino feliz.
Sinto a tristeza do marinheiro
cujo barco não pára no cais.
A tristeza da ausencia do vento, que é
quando as árvores se calam.
A tristeza do olhar da saudade,
de quem não vê, não ouve,
não sente.
A tristeza dos orfãos.
A tristeza da incompreensão.
Sinto a tristeza de quem é o ultimo a sair.
De quem ficou pra trás ......


Fiquem em paz

Jonas

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Tudo que voce precisa é de amor

No dia 07 de dezembro de 2009 as 13:30 a Starbuck ( uma rede de cafeterias norte americana)  convidou musicos de 156 paises para cantarem juntos - ao mesmo tempo mesmo! - a musica All You Need is Love, como parte de uma campanha para ajudar a combater a Aids na Africa.

Quem me conhece já pode imaginar minha emoção ao ver um dos maiores sucessos dos Beatles ser cantado com intenção tão importante.

A composição em si mesma já é nobre - coloco uma tradução aí embaixo - mas se torna especialmente rica pela finalidade com que se destina e ainda por cima Starbuck pede que divulguem, esse video e essa campanha com parentes e amigos e mesmo com estranhos. Façam isso meus caros, façam isso.

Fiquem em paz,

Jonas

A letra:

Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love

There's nothing you can do that can't be done
Não há nada que voce possa fazer que não possa ser feito.
Nothing you can sing that can't be sung
Não há nada que voce possa cantar que não possa ser cantado
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
Nada que voce voce possa dizer, mas voce pode aprender como jogar o jogo
It's easy
É facil
 
There's nothing you can make that can't be made
Não há nada que voce possa fazer que não possa ser feito
No one you can save that can't be saved
Não há ninguem que voce possa salvar que não pode ser salvo
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
nada que voce possa fazer, mas voce pode aprender com o tempo
It's easy
É facil

All you need is love
Tudo que voce precisa é amor
All you need is love
Tudo que voce precisa é amor
All you need is love, love
Love is all you need
Amor é tudo que voce precisa.
Love, love, love
Love, love, love
Love, love, love
All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

There's nothing you can know that isn't known
Não há nada que voce possa saber que não pode ser sabido
Nothing you can see that isn't shown
não há nada que voce possa ver que não possa ser mostrado
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
Nenhum lugar em que voce possa estar que não seja onde voce quer estar
It's easy
É facil

All you need is love
Tudo que voce precisa é amor.
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need

O video:


Revisão da Lei da Anistia.

Temos lido a respeito de um abacaxi posto sob a mesa  do Presidente , para ser descascado quando este voltar das férias. Trata-se de uma revisão da Lei de Anistia da Revolução de 1964, e que tem desagradado troianos e agradado gregos ou é ao contrário não sei bem.

Não sei nada sobre isso. Quando a tal Revolução de 1964 aconteceu eu ainda era um guri e quando veio a reabertura eu tinha acabado de entrar na fase adulta.

Mas sei que ditaduras não são boa coisa, pois se fossem não haveria a repressão à liberdade de opinião ou melhor dizendo liberdade do contraditório.

E agora discuti-se aprofundar as investigações para punir responsáveis por prisões arbitrárias, torturas e assassinatos e isso de um lado do balcão, por que no outro tem também os guerrilheiros e umas histórias de violencia meio nebulosas e duvidosas.

Mas deixemos isso para os que tem estomago. Eles que achem soluções e que tenham a coragem de contar a história como de fato se passou. Se houver interesse em continuar mentindo e censurando é bom nem começar.

Para mim o que parece ser o maior prejuizo - e isso não tem investigação que dê jeito de punir os responsáveis - são as cicatrizes deixadas na intelectualidade do povo brasileiro.

A censura, as fronteiras fechadas, a centralização do poder, o pouco zelo pela educação, tudo isso colocou-nos, a todos nós, a margem do crescimento mais importante: o crescimento humano e o crescimento do conhecimento.

Só pra ficarmos numa coisa bem recente e que todos se lembram: Collor chamou nossos carros de carroças.

Isso tem um significado enorme quando a gente pensa que todo desenvolvimento tecnológico colocado a serviço da industria automotiva no mundo todo não chegava até nós cidadãos comuns. E assim foi em todas as areas do conhecimento humano. Medicina, agricultura, ciencia, meteorologia, educação, infra-estrutura...

Coloque-se a área humana que se quiser colocar e ao compararmos com  outros paises veremos que em nada ou quase nada o Brasil contribuiu com sua gente para ajudar a roda do mundo girar. E muito menos sua gente foi beneficiada com o avanço tecnológido do mundo todo.

Mas a ferida mais profunda que ainda levará muito tempo para sumir da pele e portanto da lembrança de nossa gente é a indiferença causada pela censura. A censura praticada sistematicamente tem o dom maligno de tornar a fome pelo saber como algo adormecido pela inanição: não é mais sentida.


Exceto futebol, novela e pagode quase nada anda na ponta da nossa lingua A nossa incapacidade de reação e de indignação diante dos descalabros nacionais só pode ser fruto da massacrante centralização e da exacerbação do poder central, que enfraqueceu-nos como individuos.

Que revejam mesmo a tal Lei da Anistia e que tragam para nós os resultados verdadeiros das investigações. E quem sabe ao menos nossos netos possam retomar o caminho do qual nos desviamos já tem décadas, e que passa por uma cidadania consciente, atuante e exigente. Enriquecedora da vida humana.

Fiquem em paz.

Jonas

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Musica em fatias. Da Sony.

Esse é um comercial meio velhinho da Sony. O bacana é que os autores fatiaram um musica. Isso mesmo fatiaram.

Pegaram vários instrumentos iguais e cada um toca só uma nota, e repete no seguinte e vai indo até que a harmonia surge e voce ouve o efeito que ficou ótimo.

Curtam e fiquem em paz.

Jonas



sábado, 2 de janeiro de 2010

Uma vestal chamada Boris Casoy

Nunca me senti confortavel assistindo telejornais com a presença de Boris Casoy. Quando ele diz aquele bordão que já está desgastado, eu sempre imagino o veneno da ironia escorrendo pelos cantos de sua boca.

Mas sempre atribui esse meu desconforto à uma provavel discordancia de linha politica, achava que era apenas um ciuminho besta.

Mas ontem deu-se a constatação de que de fato esse homem é um elitista, preconceituoso e disseminador do confronto de classes. É uma vestal.

Na miudeza dele, ele pensa que felicidade é um atributo de uns poucos escolhidos, sendo que ele é um deles.

Na cegueira de sua ignorancia ele não sabe que cada um é feliz por si mesmo, totalmente livre de quem quer que seja. Sim sr Boris Casoy: os seres humanos, todos eles, podem ser felizes sem precisar ser orientado por sua ira, seu ódio, seus preconceitos contra sabe-se lá quantas classes de trabalhadores e pessoas.

E esse homem pequeno esbraveja e baba e destila raiva contra homens publicos pegos - é certo - com mão na botija, exigindo que sejam defenestrados.

Ele foi pego em falha mortal: preconceito. Que faremos com ele?

Os videos abaixo falam por si mesmos. Eu vou parar por aqui.

E repetindo Saramago, paro não por que não tenho palavras. É que elas me repugnam.

Fiquem em paz.

Jonas




sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Reveillon em Jaboatão - Reedição

Então lá fomos nós para a Praia de Piedade onde a prefeitura patrocinou o Reveillon. Uma vantagem: vai-se à pé, no que resulta em liberdade total para esse escriba tomar umas e outras.

Bom, muito bom mesmo. No palco apresentaram-se bandas e um certo Nando Do Cordel. Anotem esse nome. O moço tem um repertório para agradar dos 08 aos 80 anos. Não deu outra. Chacoalhamos mãos, pernas, bundas, enfim o esqueleto todo.

E no céu o foguetório da meia-noite. Aí embaixo tem o video. Foram muitos ós e palmas durante 15 minutos, intercalados de pows-pows de rolhas que tampavam garrafas que ostentavam rótulos que iam desde Cidra Cereser até Moet Chandon. Isso é que é democracia.

Fiquem em paz.

Jonas

A música é Vertigo e a banda é U2 !

The War is over, if you want it.

Há que se continuar dizendo sempre e sempre.

Fiquem em paz.

Jonas