sábado, 9 de janeiro de 2010

Vacilo em Nova Iorque.

Deu no New York Times de 06 de janeiro.

Uma conhecida - não por mim - loja de roupas de griffe, uma certa H&M, em Nova Iorque ,joga no lixo as roupas que não vende ao final de cada estação.

Faz isso para não desvalorizar seus produtos vendendo-os como ponta de estoque ou coisa semelhante.

Não bastasse essa atitude insensivel diante de um mundo com tantas necessidades, os responsáveis pela tal loja vão além: fazem furos e rasgos nas roupas para impossibilitar seu uso por quem as encontrar!!

Daí me ocorrem coisas do tipo: qual o tamanho do lucro de uma loja dessa a ponto de jogar fora o que não é vendido? Será que alguns clientes dessa loja deixarão de comprar nela diante da resposta óbvia de que os lucros são escorchantes? Não seria possivel apenas reciclar essas peças de roupas a fim de que retornem  às prateleiras? E com isso economizar materia prima? E economizar em outras despesas que não dá para listar agora mas devem ser muitas? E por fim não poderiam simplesmente doar essas peças para instituições de caridade? E mesmo que tivessem a preocupação de que seus modelitos não sejam vistos em corpos de quem não é celebridade por que não doar para outras cidades, outros paises?

Finalmente me ocorreram muitas cenas que vemos diariamente daqueles  que mais sofrem no mundo todo, eternas vitimas de exclusões de todos os nomes ou marginalizações que interrompem vidas, adiam sonhos, e subitamente lhes arrancam o chão sob os pés.

E nós chamamos essas pessoas de vitimas do "sistema". E o problema é que o tal "sistema"  na maioria das vezes é incolor, insípido, inodoro. Nos parece algo que paira em nuvens levado daqui pra lá  por um vento que nunca se sabe de onde sopra.

Mas de vez em quando esse "sistema" vacila e mostra sua cara, seu nome e seu endereço.

Fiquem em paz,

Jonas

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