Carregado de uma certa insônia bissexta, acabei vendo mais TV
do que o nível recomendável pela Organização Mundial de Saúde nas
últimas semanas. Da próxima vez, vou andar de bicicleta de madrugada (as
ruas de São Paulo são mais seguras para ciclistas do que a programação
da TV para os insones). Enquanto, o cérebro se recupera, relato que tive
a oportunidade de ver e rever alguns comerciais sensacionalmente
perturbadores.
Não tenho mais carro há um bom tempo. Então me senti uma titica
amorfa e pedestre quando percebi, através de uns anúncios lindos de
morrer, que se eu não tiver um possante ultrajantemente rápido, não
conseguirei correr o suficiente para fugir da lembrança de um dia ruim
de trabalho. E como dias ruins de trabalho são constantes, estou fadado à
danação eterna das sardinhas enlatadas do busão.