quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Alôôôô...voces querem abacaxiiiiii ?



" Não vim para esclarecer, vim para confundir", já dizia Chacrinha. E ao que parece o grande mestre e comunicador da TV brasileira está sendo revivido por grande parte da imprensa brasileira e de seus discipulos.

Porém há uma triste diferença. Ao contrário do Chacrinha cuja empenho era nos divertir, os jornalões e as revistonas estão empenhados em sempre anunciar o fim do mundo para amanhã. 

A proposta de confundir ao invés de esclarecer é elevada a potencia máxima  através da informação sempre tendenciosa e com opinião unilateral. Não há pluralidade de opiniões e muito menos o cultivo da máxima da justiça democrática que concede a qualquer um o beneficio da duvida até que as culpas sejam comprovadas.

Quando se recusa de maneira sistematica a submeter-se aos padrões democraticos de convivencia, quando não admite sequer ser questionada a respeito de seu comportamento, brandindo uma liberdade e uma moral que ela mesma nega aos outros, ao imprensalona está desmontando a democracia.

Em que pese as tentativas ainda muito timidas da parte de politicos e entidades diversas de chamar a atenção para a grave falta de freios existente nos jornalões e nas revistonas brasileiras, é bastante preocupante que nada de concreto venha sendo feito na direção de regulamentar a divulgação de informações sejam de que natureza for, em especial quando envolver a honra e a moral dos individuos.

Para dizer a verdade a relação que se vê da sociedade com a imprensa é aquela mesma que nos diz aquele ditado que se coloca a tranca na porta depois de arrombada. De nada adianta, ou adianta bem pouco, o apelo para a Justiça afim de requerer indenizações por danos causados por noticias fantasiosas, pois bem se sabe, que a primeira impressão é a que fica. Não são poucos os casos de pessoas que não conseguiram mais recuperar suas imagens publicas após serem vitimas de mentiras jornalisticas.

Uma parte importante da imprensa brasileira está ocupada em desmontar a democracia e a tornar secundária as discussões sobre o que realmente importa para o destino do Brasil. A imprensa tem feito o que pode e o que não pode para disseminar entre os brasileiros o conceito de que honestidade e moral não é uma questão de opção mas antes de tudo trata-se de um padrão ideologico e que consta, evidentemente, apenas dos manuais partidários daqueles com os quais ela convive.

A honestidade e a moral é, segundo a imprensalona, patrimonio dela e de seus partidários. Sendo que seus conceitos são sempre muito relativos e difusos quando trata-se de seus pares e absolutos e rigorosos ao referirem-se aos seus opositores.

O resultado disso já se vê nos comentários da blogosfera, nas mesas dos botecos e nos churrascos em familia: definitivamente tudo que não presta no pais, tudo que tem de ruim e maléfico para o país, vem do atual governo federal. Trata-se de um maniqueismo impar: um governo ruim é 100% ruim em todos os seus atos e todos que pertencem ao governo ou seus eleitores são ladrões, desonestos e safados.

A imprensalona já conseguiu destruir em boa parte da população brasileira o discernimento, o bom senso, a parcimonia. A imprensa golpista apoderou-se indevidamente do papel politico que caberia aos politicos da oposição - e isso só ocorreu por incapacidade destes - e, de posse de instrumentos poderosissimos e de alcance invejável, divulga o que ela quer. De maneira unilateral e sem permitir o contraditório - pois orgãos de imprensa não são tribunas e nem parlamentos - a imprensalona criou o país ideal para ela apenas. 

A imprensalona tentou e conseguiu carimbar na nossa presidenta o apelido de Faxineira, fazendo a população não-pensante do pais, imagina-la uma gerentona visitando diariamente todos os orgãos publicos, vasculhando gavetas, inquirindo pessoas e demitindo quem ela suspeitar. A imprensalona conseguiu com isso reduzir a Presidencia da Republica à um orgão fiscalizador e punidor. Querem imprimir na Dilma o papel triste e quixotesco atribuido ao Collor e que deu no que deu.

Ora a imprensa não é e nunca foi apta ou habilitada para governar. Jornalistas ( ou jornaleiros) não têm o diploma necessário concedido pela população no exercicio do voto democratico, para decidir o que presta e o que não presta para o país. E não o tem também pelo simples fato de julgarem-se infaliveis, éticos e onipotentes, o que é uma aberração em termos de principios democraticos.

No entanto e devido a incapacidade da oposição em articular-se e apresentar propostas de governo, jornalistas e jornaleiros posam de vigilantes da democracia, da cidadania e dos bons costumes, fazendo discursos com verniz liberal mas que procuram tão somente apoderar-se de uma nação inteira a fim de executar seus projetos evidentemente nada honestos e muito menos patrioticos.

Já passou da hora de criarem-se instrumentos para regulamentar a imprensa. Não basta ficarmos falando mal dos Civita & cia bela. Mais um tempinho e já será tarde demais para evitar a desconstrução da democracia no Brasil. Mais um pouco e estaremos assistindo o advento da tirania midiatica. Já não tarda a chegada da implantação do Dia Nacional do Patrocinio, quando o Brasil se curvará de uma vez por todas às forças do liberalismo e do deus mercado, e babau pros interesses nacionais.

O que lí publicado aqui ( blog do bourdoukan) e que divido com vocês logo abaixo, resume de maneira muito feliz a atual obsessão da imprensa golpista do Brasil. Acredito ser esta a tradução mais fiel dos verdadeiros propositos dos Civita, Mesquita, Marinho, Frias e seus caninos seguidores. E é bom mesmo que se cite os nomes dos donos da midia brasileira, pois não é de se supor que a enxurrada de desinformações e confusões causadas pelos editorialistas e articulistas da imprensalona, que corre por aí, corra sem o mando desses senhores.

...Já não se odeia mais o passado
O presente não importa
É preciso liquidar o futuro...

Fiquem em paz

Jonas 






domingo, 28 de agosto de 2011

Quando é que a cavalaria vai nos salvar?



Junto-me ao coro dos indignados com  a atitude irresponsável da Veja ao publicar, neste fim de semana, matéria a respeito do petista Zé Dirceu que, segundo posso ler em toda a blogosfera, tratam-se da ilações sem fundamento e cujo propósito é apenas tumultuar o Estado brasileiro.

Repito o que já está dito por aí a exaustão Veja cometeu um crime. 

A tentativa de invasão do apto de Zé Dirceu, a fuga do Hotel sem pagar a conta, a divulgação de imagens internas do prédio configuram crimes diversos e eu quero perguntar se alguem vai tomar uma providencia policial e juridica contra a revista. 

Mas não basta ir em silencio até a delegacia ou tribunal mais proximo e tomar medidas timidas contra essas atitudes bandidas. É necessário que se faça um escarcéu. Maior que o escarcéu dela mesma. Precisam unir-se a direção do hotel, o PT, o Zé Dirceu, os demais politicos cujas imagens são exibidas e promoverem muito barulho, mas muito barulho mesmo juntamente com as providencias juridicas e policiais para apuração destes fatos. 

A empresa editora dessa revista precisa ser processada por conta de sua irresponsabilidade. Os individuos participantes da autorização para publicação e montagem desse rocambole jornalistico precisam responder nos tribunais e pagarem as penas previstas para seus crimes.

Se mais essa atitude moleque for tolerada e apenas for substituida pelo proximo "escandalo" inventado por essa revista não me resta outra coisa senão imaginar que são todos um bando de bundas moles e então merecemos essa revista e seus assemelhados.

Se as entidades civis e as organizações politicas todas não fizerem um estardalhaço juridico e policial em cima dessa editora então concluo que tá todo mundo achando ótima essa situação e que a noção de crime nesse nosso querido Brasil já desceu para além do vigésimo subsolo e já está botando o pé no fogo do inferno.

Se na segunda feira não houver o menor sinal de que o limite já foi alcançado e se as laudas e mais laudas escritas na blgosfera, se as declarações de indignação vindas de todos os lados, se as comprovações de que estamos diante de um caso de policia não se transformarem medidas concretas que coloquem um freio imediato nas pretensões insanas dos editores, jornalistas e articulistas desta revista, então estarei convencido de que os envolvidos nesses espetaculos quixotescos são todos cinicos, hipocritas e bandidos.

Já estou cheio de ser chamado à cidadania. Já estou cansado de dia após dia ser convocado à eterna vigliancia contra os que perderam faz muito tempo o senso e a noção do que seja a construção de um país digno. Já encheu o saco esperar que no fim do filme a cavalaria vai chegar e levar todo mundo preso. Já começo a desconhecer o que seja legalidade e respeito as instituições. 

Sempre acreditei na nobreza da arte politica. Sempre confiei em que fazer politica é debater ideais. Imaginei que fazer politica é ajudar a construir uma nação, é despertar em um povo seu desejo de desenvolver-se em comunidade. Mas estou percebendo que o que se entende por politica está virando a arte da bandidagem, da dissimulação, das acusações grosseiras e gratuitas, da hipocrisia e da pouca vergonha. Debates politicos estão se tornando menos nobres que debates futebolisticos em torno de mesas de botecos. Tudo está resumido em defesa e ataque. A politica brasileira não passa de um enorme Fla x Flu. Ninguém daqueles que participam dos destinos do nosso Brasil, parece disposto em recorrer as regras pura e simplesmente. E nas mesas dos botecos limitam-se apenas a xingarem a mãe do juiz.

De todos os quatro ou cinco lados das representações politicas no Brasil e dessa maldita imprensa não se vê uma atitude que encaminhe qualquer coisa concreta para por fim nesse desfile indecoroso de calunias e infamias que todos, todos mesmos, proporcionam todos os dias para nós pobres mortais cidadãos brasileiros.

Mas já está cansando. Já está dando ansia. Já está dando vergonha. Isso tudo é palhaçada. O Brasil está se tornando um enorme circo cuja lona é sustentada por essa imprensa corrupta, desleal e desonesta. Um circo em cujo picadeiro apresentam-se todos os dias os politicos que são caricaturas de palhaços ( que me perdoem os profissionais dessa arte ) fabricados por essa imprensa suja.

Fiquem em paz

Jonas









Musica para o domingo 280811

































... e o sonho não acabou. 


Declaro oficialmente desaparecido na minha mudança Recife X São Paulo meu livro com a toda a ficha tecnica das obras dos Beatles. Sendo assim, e temporariamente, publico apenas as musicas.

Mas um dia eu pego quem fez essa maldade comigo....

Fiquem em paz,

Jonas





quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Não existe liberdade sem informação


"Há um problema no mundo que é o problema da informação, o de nos estarem a controlar a informação. Hoje, as palavras mais construtivas, as mais limpas que se possam pronunciar, podem não chegar a lado nenhum, porque os meios de comunicação se encarregam de fazer com que não cheguem."

"O pior é que se está a armar um sistema em que as pequenas coisas são as que ocupam os espaços, a informação e a preocupação da gente. Os grandes temas aparecem então diluídos, por detrás, e não os vemos."

Estes dois paragrafos são de Saramago, publicados aqui e aqui. 

Vivemos dias em que a informação, que deveria servir para o enriquecimento humano, torna-se antes instrumento de dominação e perpetuação da ignorancia, por mais paradoxal que isso possa parecer.

O superabundancia da informação deu-se na mesma medida em que não aperfeiçoaram-se os instrumentos do discernimento, restando-nos a ilusória sensação de que fazemos alguma escolha, no entanto, na verdade, não há escolha, existe apenas um excesso de consumo de informação.

Pode-se dizer por aí que a partir das bancas de jornais com seus milhares de publicações, passando pelas centenas de televisões e rádios e chegando à internet, só não sabe das coisas quem não quer. 

Mas há que se perguntar antes de tudo: o que exatamente devemos saber? o que é mais importante que se saiba? E após isso, ao se ter as respostas, então sim - e só então - poderemos debater o que interessa para o mundo todo.

Dado que a informação, por todos os sistemas disponiveis, é ou patrocinada por interesses financeiros, quero dizer publicidade versus audiencia, ou então é manipulada pelos interesses particulares daqueles que a detém - na maioria das vezes ditadores em pele de democratas - pode-se dizer que toda informação disponivel é inexata, carente de confirmação, quando não é absolutamente mentirosa.

O fato é que talvez não saibamos o que queremos saber. Vem daí essa nossa incomoda insatisfação com as coisas, como se enxergassemos tudo através da bruma. E falta-nos não só a resposta mais importante, mas sequer sabemos fazer a pergunta que nos levará até ela.

Junto com a informação anda a liberdade. Há uma sutil, no entanto importante, confusão entre abundancia de informação com liberdade.  Jamais será por saber quase que instantaneamente o que se passa nos quatro cantos do mundo, que seremos livres. Ora, se sabemos que a liberdade vem do conhecimento puro e profundo a respeito de tudo, e se não o temos, como podemos ser livres?  Tudo que me é permitido saber é manipulado e se é manipulado como posso saber plenamente, ou ter conhecimento suficiente para dizer-me livre?

Existe mesmo uma estreita e insuperavel ligação entre liberdade e conhecimento, não se tem uma sem ter o outro. 

Quando sairmos da periferia do que  nos dizem para ser discutido e nos aprofundarmos em busca do que é realmente importante debater, aí sim seremos livres.

Fiquem em paz,

Jonas













sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Neymar e Ganso ou Lula e Dilma?




E que me desculpem os santistas mas do jeito que as coisas estão agora no Brasileirão, se o campeonato terminasse hoje o Santos seria rebaixado, mesmo contando com dois dos mais festejados craques atualmente que são Neymar e Ganso. A reflexão a respeito disso é óbvia mas vale a pena lembra-la na medida em que, no futebol assim como em outras áreas, existem os radicais que em muitas medidas tornam-se cegos para as obviedades. 

Um time de futebol vencedor é composto de 11 jogadores sintonizados, sincronizados, valorizados e motivados por igual, uma comissão técnica isenta de preferencias pessoais na hora de escalar o time e uma diretoria interessada em manter sua torcida - razão de ser do futebol - satisfeita. 

E por cima disso tudo é necessária a presença de uma torcida atenta, exigente e colaborativa, imperdoavel nos desmandos e que saiba empurrar seus jogadores na hora do jogo. Por isso vencer no futebol vai um tanto além do que confiar em um ou dois craques. Uma lista razoavel de circunstancias favorece ou não a conquista de um campeonato.

Uma vez eu integrei a torcida de um time que estava atenta para todas essas circunstancias e que, por consequencia, viria a ser vencedora. Eramos uma torcida diferenciada, como diriam os cheirosinhos de Higienópolis. Manifestavamos quase que 24 horas por dia a nossa preferencia pelo nosso time.

Chegavamos mesmo a participar de várias palestras do tecnico. Houve uma delas que ocorreu em plena escadarias da Catedral da Sé. Me lembro como se fosse hoje. Lá estava eu no meio daquela multidão, acompanhado de minha familia. Era lindo se ver. Todos com bandeiras, camisetas, cantos de guerra, e cada vez que o time aparecia na escadaria, ou o técnico empunhava o microfone, gritavamos e aplaudiamos querendo dizer: contem com a gente, esse campeonato está no papo. Ao fim da palestra subimos a Brigadeiro até a Paulista, orgulhosos e confiantes na nossa vitoria.. Outros torcedores surgiam nas janelas e sacadas dos edificios e nos aplaudiam e vibravam com a gente. Não era possivel errar.

Depois fui morar em Porto Alegre e confesso que fiquei surpreso ao conhecer mais uma quantidade enorme de integrantes da torcida do mesmo time tão boa e tão motivada quanto a de São Paulo. Aos domingos pela manhã ficavamos todos reunidos na Redenção empunhando nossas bandeiras, vestindo nossas camisetas, reunidos em pequenas rodas de bate-papo ou caminhando exibindo com orgulho as cores do nosso time. Com esse gesto mostravamos aos nossos adversarios que estavamos cada vez mais unidos em torno da meta. 

E mesmo não tendo podido participar de outras paletras por lá, mesmo assim estive no meio de muitas manifestações publicas pelas ruas da cidade em favor do nosso time.

Tudo ia dar certo pois em nosso time jogavam os mais respeitados craques nacionais. Nossa comissão técnica era composta de pessoas capazes de identificar com clareza todas as fraquezas dos adversários, preparando o time para o jogo final. E a diretoria sabia do que a torcida precisava. E o mais bacana de tudo foi a inovação implantada por essa diretoria e que se tornou a base de muitas de nossas vitorias: a cada campeonato, nós torcedores, eramos chamados a escolher junto com a comissão tecnica quem seriam os jogadores escalados.

Enfrentamos algumas finais e perdemos, hora por nossos proprios erros, hora pelo jogo sujo dos adversários que contaram algumas vezes com a ajuda do juiz.

No entanto apesar de tudo e de todos finalmente vencemos um campeonato nacional. Depois vencemos outro e mais outro em seguida. E disputamos e vencemos com a mesma garra tanto campeonatos regionais como estaduais. Consolidamo-nos como competidores do melhor nivel, não imbativeis, mas que não se amedrontam diante do jogo sujo de alguns adversários sempre presentes em todos os jogos.

Mas com o passar do tempo a minha torcida, minha querida torcida, pareceu ficar satisfeita com apenas um ou dois craques e, se não chegou a desprezar os outros jogadores, deixou que o brilho de um ou dois ofuscasse o brilho dos demais.

Essa torcida, cuja garra e alegria estão guardadas para sempre em meu coração, parece que acomodou-se, baixou a guarda, perdeu a garra ou , vá lá quem sabe, passou a ficar muito certa da vitoria para sempre. E começou a comportar-se de tal maneira confiante que largou sua natureza vigilante e exigente, relaxou e partiu para a mera provocação do adversário, usando aqui e ali os mesmos metodos que estes.

Do mesmo jeito que a torcida, tambem a comissão técnica e a diretoria voltaram-se para afazeres estranhos àqueles que eram o desejo dos torcedores. E enquanto isso permitiram que torcedores contrários começassem a frequentar nossas reuniões, tomando posição de destaque e até mesmo participando da escalação do nosso time. 

Tudo saiu dos eixos e, para mim, a excessiva confiança em apenas um de nossos craques, está permitindo que esse acredite em demasia nas suas habilidades e seu destino vitorioso a ponto de chegar a sugerir que nós, os torcedores, não devemos mais votar em favor dos jogadores que queremos ver em campo.

Meus amigos torcedores deixemos um pouco de lado essa acomodação de torcedor que hora despreza o adversário e hora fica procurando desculpas esfarrapadas, como culpar o juiz sempre, para justificar nossas derrotas.

Vamos de novo pra rua com nossas bandeiras e camisetas, vamos pra frente da sede do nosso clube. Mas dessa vez para exigir da nossa diretoria e da comissão tecnica que retomem as mesmas orientações e o mesmo estilo de jogo que nos levaram a tantas e inesqueciveis vitorias. Estou preocupado com essa acomodação dos excessivamente confiantes, com esse pouco caso a respeito da habilidade dos adversários, que não necessariamente são desonestas.

Precisamos montar guarda, fazer vigilia, mostrar que estamos ativos e atentos. Mostrar que a torcida é e sempre será a razão de ser de qualquer campeonato, de qualquer time. Não haverá jogo se a torcida se desfizer. Não existirão craques se a torcida não os reconhecer e não escala-los. O clube depende e sempre dependerá de nós. Precisamos parar de dar desculpas estapafurdias por nossas derrotas. 

De minha parte eu digo que o amor pelo meu time não morrerá jamais, ao que eu saiba não existe ex-torcedor. Mas não estou gostando nem um pouco dessas escalações e do excessivo brilho que se quer dar a um ou dois craques. Ninguém joga sozinho. Eles precisam de nós e devem ouvir-nos. Vamos lá.

Quem quiser entender que entenda.

Fiquem em paz,

Jonas

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Não foi o PT que inventou o "despachante"


































Foi lá nos idos da década de 70, em pleno vigor da ditadura militar a mesma que deixou tantas viuvas chorosas e saudosas por esse país afora, que eu tirei minha carteira de motorista. No dia do exame no Detran eu ouvi de meu instrutor da auto-escola que eu poderia tirar minha carteira sem fazer os testes, bastava dar uma caixinha que a emissão de minha CNH estava assegurada.

Em meu recente retorno à São Paulo tomei conhecimento que o Detran mudou de lá da 23 de Maio para a Avenida do Estado e, à boca pequena, comenta-se que a mudança deu-se pelo  fato de que as ratazanas corruptas que habitavam aquele prédio por muitas decadas já estavam roendo os alicerces do mesmo, e que este já ameaçava ruir tamanho eram os descalabros e roubos cometidos entre aquelas paredes e nas suas redondezas povoada por centenas de outras ratazanas denominadas despachantes.

O Brasil deve ser o único pais do mundo que tem essa praga-mãe da corrupção chamada despachante, que aos poucos está se extiguindo, não por causa do apego a ética e a honestidade de uma parcela significativa da população do nosso país, mas por que aos poucos surgiram mecanismos de atendimento ao publico que tornaram desnecessárias essas figuras.

Mas o despachante ainda anda por aí, chamado agora de lobista, consultor ou intermediador - eufemismos chiques para corruptor - e que continua levando e trazendo propinas para funcionários publicos de primeiro, segundo, terceiro e ultimo escalão.

O meu unico neuronio portador de algum conhecimento de sociologia desconfia que o corrupto despachante surgiu da estranha ojeriza que o brasileiro tem por esperar sua vez na fila e menos ainda por cumprir todos os tramites junto as repartições publicas.

Não sei bem se o despachante é filho da burocracia ou vice versa, ou se ambos são irmãos, filhos da mesma mãe, mas o fato é que a existencia dos dois levam à corrupção.

A mim me parece que desde sempre é assim: seja para a emissão de uma simples certidão de qualquer coisa até regularização da documentação de uma empresa (que em seu passado possui historico nebuloso sobre suas atividades) é só contratar um despachante - ou que outro nome tenha - desses que tem acesso, jeitinho e amigos nos orgãos publicos e que especialmente conheça os valores de litros de uisques, carros zero ou viagens para paraisos fiscais e pronto está tudo certo.

Tenho um outro neuronio bastante solitário metido a economista e que vive me dizendo que nem precisa se reunir com seus colegas da mesma área  para perceber que uma grande fatia do bolo de dinheiro que circula no mundo - mas estamos falando apenas do Brasil -  passeia livre, leve e solto pela informalidade - um outro eufemismo para ilegalidade - fruto de atividades corruptoras praticadas por especialistas em furar a fila, obter favores para amigos ou ajoelhar-se submisso em frente dos balcões das repartições.

De um jeito ou de outro uma parte grande da nossa sociedade sempre tolerou ou, pior ainda, estimulou e aplaudiu o chamado jeitinho brasileiro que acabou tornando-se a pedra angular da corrupção quase epidemica que assola nosso Brasil.

Os discursos indignados do pessoal da UDN, do Tea Party tupiniquim, do Cansei, das viuvas da criminosa ditadura militar e dos preconceituosos em geral são cinicos. Nunca ouvi do PIG uma noticia sequer sobre as pequenas corrupções e infrações cometidas por esse pessoal, dentro de supermercados, nos estacionamentos, nas filas de bancos, nos cartórios, nas leis de transito, etc. etc. etc., e que julgam que corrupção só tem uma via - aquela que leva ao funcionário público - e se esquecem da via em que trafegam os corruptores que certamente são individuos e representantes de empresas em geral que buscam todo tipo de vantagens. Noticias essas que se fossem publicadas poderiam quem sabe servir de elemento constrangedor para aqueles que, despossuidos de coluna vertebral, servem àqueles que melhor lhes remuneram não importa de que jeito.  Nunca vi ser publicada a foto dos corruptores emcimadas por manchetes sensacionalistas e nem sempre verdadeiras.

Deve ser por causa de uma outra visão miope do funcionalismo publico e que julga que os representantes dos serviços dos governos são propriedadas do pais e que podem ser achincalhidos e humilhados do jeito que melhor convier.

Antes que digam que vim aqui apenas justificar a corrupção como sendo algo que se faz há muito tempo e por muita gente, informo que indigno-me tanto quanto qualquer brasileiro por sentir-me lesado. Sinto-me , na maioria das vezes, um perfeito idiota por cumprir meus deveres de cidadão e todos os outros deveres que dizem respeito aos vários papéis que exerço no meu cotidiano. Mas minha indignação não é APENAS contra os funcionários publicos que se deixam corromper mas também contra a parte da sociedade civil que os corrompe.

Ah! Já ia me esquecendo: NÃO dei a caixinha sugerida pelo meu instrutor da auto-escola. Prestei exame normalmente.

Mas todo esse papo aqui é apenas um preambulo ou justificativas iniciais para meu próximo texto através do qual pretendo contribuir - contribuições estas que tem o mesmo tamanho da minha importancia nas decisões  do país, ou seja, nenhum - e que passam inevitavelmente pela reforma politica como forma de diminuir a corrupção. Até já.

Fiquem em paz,

Jonas













domingo, 14 de agosto de 2011

Músicas para o domingo - especial para os pais

Em uma música cantada por Adriana Calcanhoto, chamada Mulher Sem Razão, tem um trecho que diz:
" .. ouve o teu coração ao cair da tarde, ouve aquela canção que não toca no rádio.."

É verdade que todo o conjunto da letra e da música não tem muito a ver com essa conversa que proponho ter com voces, meus raros e caros leitores e em especial com os papais, em todo caso essa frase que citei é um gancho e tanto para reflertimos um pouco sobre os dias que vivemos atualmente.

Começo por lembrar que pelo que se sabe nunca se ouviu tanta música como  nos dias de hoje. Certamente os tocadores portáteis de música, a globalização no comércio das composições e o advento da internet são instrumentos que contribuiram demais para isso.

Mas também  é verdade, lamentavelmente, que com a universalização da comunicação, os mesmo meios que trazem aos nossos ouvidos as canções que todos queremos ouvir, trazem também todo tipo de apelo, de convocação, de chamadas, de pregações, ruidos de toda natureza, e tudo parece querer nos indicar os caminhos com soluções iguais para tudo e todos. É a ben(mal)dita globalização que desfaz nossa individualidade.

E a barulheira é tamanha que nos esquecemos das doces melodias que tocam solitárias dentro de cada nós e que nos inspiram e animam nossos passos pela vida, as vezes se parecendo com passos de uma dança , em outras nossos passos são marchas altivas e em algumas apenas passos cansados. E mais que tudo e na maioria das vezes as canções que tocam em nossos corações são de uma porção de jeitos bem agradáveis para quem está junto de nós.

Aos papais, entre os quais me incluo, seria bom de vez em quando que pudessem ouvir as canções que tocam não apenas em seus corações mas também nos corações dos seus filhos. E cantar e dançar junto com eles essas melodias cujos acordes só nós sabemos tocar, em busca de uma ajuda mutua para a manutenção da individualidade e da vida em plenitude. 

Tem canções escritas dentro de cada um de nós, é melhor deixar tocar...

Fiquem em paz,
Jonas










sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Junto com o PIG



Ontem, enquanto eu aguardava na seção de frutas e legumes do supermercado enquanto a Rita fazia a escolha de alguns itens, fiquei ouvindo a conversa de duas funcionárias do supermecado que faziam a limpeza por alí. E a primeira perguntou para a segunda como tinha sido o capitulo da novela no dia anterior. E a segunda, citando o nome de cada um dos personagens, ia desfiando o rosário de maldades que normalmente são vistos nas novelas: traição, infidelidade, corrupção, roubo, planos desonestos dos caricatos e grotescos ocupantes de cargos publicos e assim por diante. Enquanto eu ouvia fiquei esperando que ela narrasse também "aquele" beijo ( lugar- comum em todas as novelas) ou então - suprema ingenuidade minha! - que ela falasse do personagem sempre presente nessas historias, o tal bonzinho, que nunca se dá bem, mas vive tentando consertar as coisas. Mas a narradora não falou nada disso. No fim da lista das maldades ela se calou e as duas funcionárias concentraram-se de novo em seus afazeres.

E eu perguntei aos meus botões por que raios será que nos enredos das novelas, que são sempre e  invariavelmente os mesmos, os personagens que parecem ser os preferidos são aqueles de pior carater, ou no minimo são os que mais divertem e pelos quais a audiencia mais torce.

Enquanto meus botões pensavam na resposta, eu me lembrei da midia em geral, dos jornalões, revistonas e seus congeneres e em um deles em especial que é a Rádio Jovem Pan, e pensei que esta emissora parece estar tornando-se, a exemplo dos escritores de novelas, especializada em mostrar apenas o que os personagens da politica e administração federal nacional fazem de ruim.

Nesses meus dias de desocupação forçada tenho me tornado um ouvinte da dita rádio, pois um dos meios de comunicação preferido da Rita são os irradiados, vai dai que eu a acompanho na audição da, repito, Jovem Pan.

Na redação dessa tal rádio tudo que se escreve a respeito da presidencia da republica e dos ministérios do Brasil é digno de fazer parte da galeria dos piores folhetins já escritos. E tome descer o pau em todos os participantes do governo central em todos os niveis que, se os redatores das noticias pudessem, os descreveriam de maneira tão esculhambada quanto os funcionários publicos de novelas.

Ah sim! Mas tem também as informações a respeito dos governos estadual e municipal de São Paulo, mas sobre estes as noticias são tão importantes e fundamentais para o funcionamento da máquina publica, quanto são importantes os anuncios colocados no mural das paróquias comunicando os proximos bingos e quermesses. Fica-se sabendo sobre as condições do transito, o projeto de alguma nova ponte e nada além disso.

E fico eu ao "pé do rádio"  todos os dias, do mesmo jeito que fiquei ontem junto das funcionárias do supermercado: esperando a parte boa das narrativas. Esperando que se fale sobre qualquer coisa boa, qualquer coisa boa mesmo e que esteja acontecendo no governo federal. Mas ao final concluo que ou as noticias transmitidas são parte do capitulo da novela de ontem ou então as letras "JP" exibidas no logotipo da tal emissora não significam "Jovem Pan" e sim "Junto com o PIG".

Fiquem em paz

Jonas







segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O sabão Omo e a Globo



Encafifo-me demais todas as vezes que vejo a Omo anunciando um sabão com nova fórmula. E a tal nova fórmula vai lavar muito melhor, mais profundamente, mais perfudamente. E mostram as entranhas de uma peça de roupa para onde os novos cristais vão em busca da sujeira mais escondida e deixando tudo limpinho e cheirosinho. E me pergunto: Ué! Mas a formula anterior já não fazia tudo isso.

E fico assim pensando se o fabricante não está a pensar que seus consumidores não se dão conta disso, ou se ele - o fabricante - sempre aposta na fidelidade canina na famosa marca destes mesmos consumidores

E ocorreu-me a mesma coisa  neste fim de semana, quando eu li que a Desorgonizações Globo fez publicar  o seu manual de conduta jornalistica - sob o pomposo titulo "Principios Editoriais" - para todos os seus funcionários de todas as midias cujo foco principal é ética, isenção e credibilidade. E imediatamente veio-me a pergunta: Ué? Mas não foi sempre assim?? Não foi assim lá naquele dia da bolinha na testa do Serra? Não foi assim no dia do acidente com o avião da Tam em Congonhas, dia em que o sr Bonner Simpsom deixou o ar condicionado do estudio e foi lá na beira da pista culpar o governo federal na pessoa do Lula como responsavel pelo acidente? 

Tá bom, tá bom, também não me precisa chamar de ingenuo né?

Assim como as peças de publicidade do sabão, a Globo também nos brinda com uma peça publicitária dizendo que agora vai. Então tá. Em um ambiente onde a cultura reinante desde os idos da "ditadranda" é de nitida tendencia ideologica e onde não se poupa esforços para destruir moralmente aqueles que não se afinam com os interesses de seus donos, de repente basta colocar no papel que todos devem ser éticos e isentos que vaptvupt! todos se tornam éticos e isentos. ( importantissimo: como em todos os lugares, na Desorganizações Globo já existem desde sempre pessoas éticas e isentas, não sei quantas são, mas que tem, tem.). Será que antes existia um manual onde a ordem era ser antiético e tendencioso?

Mas deixa isso pra lá e vamos fazer de conta que ok, tudo bem e vamoquivamo. E como consumidor esporádico de um ou outro produto de algumas das midias da Desorganizações Globo, quero, a exemplo de qualquer outro consumidor, contribuir sobre o que eu julgo ser uma melhoradinha nesse tal manual. Então lá vai, são só duas sugestões:

A primeira é que pudesse se tornar norma em todas as noticias que citassem nome de politicos fossem citados também e obrigatoriamente o partido a que pertencem. Pois não sei se os leitores concordam mas quando é noticia ruim envolvendo partidários da situação ( sim estou falando do PT e sua base) o partido é citado e quando não, não. Pois sei lá entende? Eu fico - e não sei se os demais milhões de ouvintes da noticia tambem ficam - com a impressão de que coisas desonestas, imorais, antiéticas, estapafurdias e otras cositas mais, somente acontecem com os petistas e seus aliados. Os demais é claro são todos santos. Então seria simples assim: disse o nome de um politico diga-se também o partido dele. Para o que der e vier.

Penso também que a palavra governo com o passar do tempo passou a ser tradução apenas do governo federal. Pois que se faça também, e obrigatoriamente, a explicação de que governo está se falando: se federal, estadual ou municipal, de preferencia citar nomes do presidente, ministros e secretários, prefeitos e governadores. Não só para que se dê nome aos bois mas para que fique claro para a população em que esfera se enquadra a noticia.

Um caso representativo disso que estou falando é por exemplo a esculhambação injusta e nada isenta quando o assunto é imposto. O sentimento que se tem que é o único e exclusivo arrecador de impostos no Brasil é o governo federal. Bem eu nem vou citar aqui as dezenas ( quem sabe centenas?) de impostos e taxas cobradas nesse nosso querido pais cuja arrecadação é feita pelos tres niveis de governo.

Dirão alguns que estou sendo ingenuo - de novo - mas são com coisas assim pequeninas que se constroem a consciencia politica nacional. É assim que se aprende a distinguir quem é quem na politica de um país e as esferas de responsabilidade.

Fiquem em paz

Jonas



sábado, 6 de agosto de 2011

Musicas para o domingo 07/08/11

Após um pequeno intervalo um tanto mal e egoisticamente justificado pelo momento que vivo atualmente, o  Sauva volta agora convidando voces a relaxarem. Pois por fim eu lembrei de algo que vivo dizendo a mim mesmo que até naqueles momentos em que vemos apenas os buracos do queijo devemos nos lembrar que tem queijo em volta deles. Não tem?

Aumentem o som, afsastem os moveis e saiam dançando!



































Quanto às obras primas hoje eu vou deixar por conta de voces comentarem.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Tráfico de drogas: não acaba por que não querem parte II

Ao que parece o assunto sobre consumo e/ou liberação de drogas não sairá tão cedo da pauta dos grandes debates mundo afora. Ouve-se por todos os lados argumentos favoráveis ou contrários a legalização e muitos deles bastante plausiveis e criativos. 

Mas já faz muito tempo que estou convencido que poucas coisas nessa vida podem ser discutidas de maneira pontual uma vez que quase tudo nesse mundo é causa e efeito. E um dos efeitos da droga é a morte.

E também não acredito  naquelas conversas que envolvem vidas humaas porém baseadas em  cifras economicas e estatisticas pois também já faz muito tempo em que eu deixei de acreditar nas médias, das médias , das médias em especial nos casos em que se tenta quantificar coisas informais. pois que essas por sua propria natureza não podem ser contadas com precisão.

Mas penso que valha a pena começar por dizer que a pretensão do argumento que defende a legalização das drogas como forma de diminuir a criminalidade é equivocado uma vez que não se tem conhecimento na história de que criminosos aposentem-se por causa da escasses de mercado para suas ações ilegais. Criminosos são muito criativos e sempre encontram novas formas de contavenções e crimes tanto ou mais lucrativos que aqueles que praticavam antes.

Muito menos é verdadeiro o argumento que a possibilidade de adquirir algo por vias legais liquída automaticamente o mercado negro seja lá do que for. Bebidas e cigarros são tão contrabandeados quanto são as bebidas e cigarros fabricados legalmente. Eu acho.

Quando o surgiu o tocador de dvd doméstico ( aliás era videocassete ) pipocaram locadoras de filmes em cada esquina desse pais. Hoje, por causa da pirataria, acho que a quantidade de locadoras não é igual a uma por bairro. E o que  dizer dos cedes de musicas? Existem centenas de barraquinhas vendendo piratas, as vezes 4, 5, ou 6 na mesma rua.

Agora convido voces a sairem da parte digamos assim mais light da criminalidade uma vez que filmes e musicas piratas  em principio não afeta a saude de ninguem e nem mata.

Quero convidar voces a irem até um lugar que é muito semelhante àquele lugar que, para quem frequentou as aulas de catecismo da igreja catolica quando era criança, chamava-se inferno. Nós, crianças naquele tempo, eramos ameaçados de irmos para o inferno se nos deixassemos seduzir pelo demonio e isso nos amendrontava de tal forma que chegava a tirar o sono, embora o inferno nunca pudesse ser visto de maneira real mas povoava nosso imaginário da modo mais assustador possivel

Convido voces a irem até a Cracolandia em São Paulo. Ali  está a visão do inferno com o qual os padres e catequistas tantavam nos amedrontar. Olhem para aquelas pessoas que estão ali e tentem convencer-se de que se as drogas forem legalizadas aquilo não existirá. 

A dependencia, o vicio, a degradação, a morte em vida não existe ou deixa de existir em razão da ilegalidade ou legalidade na aquisição da droga.

Drogas ilicitas ou licitas matam e viciam. Do mesmo jeito que nos encantam ou não os videos e a músicas tocadas em midias quer sejam piratas quer sejam legais.

E mesmo que o Estado seja competente o suficiente para abrigar, tratar e dar uma morte digna àqueles que vierem a viciar-se das drogas legais ou ilegais, isso não muda o fato de que de que as drogas não servem para outra coisa senão matar.

Tentem encontrar qualquer utilidade para um revolver que não seja matar. Da mesma forma tentem encontrar uma outra utilidade para as drogas que não seja viciar e matar.

E é esse que deve ser o ponto central: o efeito das drogas sobre as vidas humanas. Pois ao final das contas usando todas as regras, pressões, argumentos, tecnologia e o que mais houver, só uma coisa vai acontecer: pessoas adoecerão e morrerão. Dependentes e incapazes de amar e fazer felizes as outras pessoas.Dependentes de drogs licitas ou não viram bichos roubam e matam e provocam tragédias em troca de uma tragada, um gole ou uma fungada. Destroem familias inteiras.

A solução pra tudo isso? Não sei. Mas as vezes fico pensando que já que virou moda todos os chefes de estado do mundo reunirem-se em foruns para debaterem politicas ambientalistas e de preservação do planeta, por que não incluem em suas pautas debates em busca da solução para isso. 

Por favor não me digam que tem gente ganhando montanhas de dinheiro e que essas gentes sentam-se a direita dos donos do mundo. Pois ao que me consta nas questões sobre poluição por exemplo as industrias estão sendo obrigadas a buscarem alternativas de ganharem dinheiro sem fazer tanto estrago no planeta.

Ahh mas quem sabe o grande plano de salvação do planeta é todos nós virarmos consumidores de drogas e morrermos. Assim o rios, passarinhos e tatartarugas viverão em paz pra sempre.

Antecipo-me à alguns de meus leitores e chamo a mim mesmo de ingenuo e sonhador e cito como sempre gosto de fazer um dos meus gurus favoritos, John Lennon, que disse: as mesmas asas que as drogas me deram, a droga as cortou.

E continuando a citar esse genio deixo com voces o video que contem a musica Mind Games em cujos versos Lennon nos convida em empurrar barreiras e plantar sementes, a fazermos uma especie de guerrilha mental, o poder milhões de almas colocados na roda karmica em busca de um mundo melhor.

Fiquem em paz,

Jonas

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Isso é cerveja ou alucinógeno?




Para mim os publicitários das cervejarias  estão sendo para os homens o mesmo que os machistas são para as mulheres, ou seja, estão tratando a nós, homens, como objetos que podem ser levados a consumir cerveja em troca de um sorriso de uma mulher bonita. 

O ultimo comercial que assisti sugere que um sujeito está relacionando o gesto de uma  mulher tomando cerveja em uma latinha com a pratica de sexo oral nele mesmo. Posso afirmar com toda segurança que o apendice cilindrico de minha propriedade, o qual determina meu genero sexual,  não lembra em nada uma latinha de cerveja, não é gelado e nem precisa abrir tampinha pra fazer uso dele.

E tome boteco cheio de gente bonita e sorridente. Tudo bem que comerciais são assim mesmo. Sempre mostrando pessoas felizes e de bem com a vida ao consumirem o produto que se anuncia. Mas aviso que não acredito em duendes, em papai noel e muito menos em garotas de biquini saindo de dentro de geladeiras.
Já passei por vários botecos por ai e afirmo que um gole de cerveja tomado sob que pretexto for, é tão prazeroso servido pelo seu Manoel com aquele avental que parece que ele vestiu desde que inaugurou o bar e nunca mais tirou, quanto é prazerosa uma cerveja servida por uma moça sorridente e, vá la que seja, bonita.

E falando em moças bonitas, outra afirmação que faço é que na maioria dos botecos que estive, as moças bonitas presentes no local, exceto as que estavam comigo é óbvio, podiam ser contadas nos dedos de uma mão só. E quando falo de moças bonitas estou falando dessas exageradamente bonitas dos comerciais, é claro.

Creio que aquele monte de homens rindo - exibido nos comerciais - e que me parece muito mais um tique nervoso do que um riso expontaneo é provocado pelas alucinações que causam as tais cervejas que os fazem ver garrafas se tranformando em moças bonitas, garçonetes em trajes, digamos assim, exageradamente reveladores de suas curvas, ou ainda dos micos que pagam os colegas da mesa  para conseguir um olhar daquelas musas fotoshopeadas.

E pior de tudo é que ao quererem relacionar o consumo de cervejas em bares, com habitos voyeuristicos-eroticos-alucinados nós, os homens casados, estamos correndo o sério risco de acabarmos sendo proibidos pelas esposas de usufruirmos dos papos regados por uma gelada junto com os amigos na mesa de um bar.

Cervejeiros do mundo! Uni-vos em torno de um boicote a essa distorção dos verdadeiros motivos que levam-nos a nos reiunirmos em volta de uma mesa de boteco que são o prazer de estar com os amigos e saborear um geladinha.  E junto a isto contar piadas, falar bobagens, resolver os problemas do mundo, xingar a mãe do juiz que garfou um penalti do nosso time e até, por que não?, espichar o olho em silencio pra moça bonita de verdade que passa pela calçada.

Fiquem em paz

Jonas

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Trafico de drogas: não acaba por que não querem



Agora pela manhã ouví no rádio pela enésima vez que o governo do Estado de S Paulo está novamente  pensando modelos, investindo dinheiro e mão de obra para tratar de dependentes quimicos através de internações, ajuda de profissionais, etc, etc..

E me ocorreu no mesmo momento que nos ultimos anos a  proposta tem sido sempre a mesma quando se trata de drogas: combater as causas e não o efeito. Curar a febre quebrando o termometro. Não me parece que afastar os individuos do consumo das drogas, vá acabar com a produção dessa invenção do capeta.em pessoa.

E enquanto eu pensava nisso me lembrei de uma outra noticia que eu lí aqui a respeito da sociologa Rafaela Gutierrez, cidadã mexicana, cujo vôo em que ela estava indo do México para Europa foi proibido pela CIA de sobrevoar o espaço aéreo norte americano uma vez que a sociologa tem, digamos assim, a ficha suja nos Estados Unidos em razão de sua militancia junto a indigenas na Bolivia. 

Vejam voces que a maquina norte americana de repressão do que é contrário às suas ideologias aproxima-se da perfeição ou seja, ao que se vê a policia do Grande Irmão do Norte tem até mesmo a lista de passageiros de aviões que sobrevoam - vejam bem: sobrevoam e não pousam - o país.

E meus pensamentos voaram para a Europa e seu conjunto de paises sendo que em muitos a xenofobia já se exibe despudoramente, tendo seus cidadãos cada vez mais exigido de seus governos medidas no sentido de conter a imigração o que de uma certa forma provoca a ocorrencia que lemos ontem: a guarda costeira italiana encontrou 25 corpos de homens mortos a bordo de um barco na costa sul da ilha de Lampedusa. A primeira hipotese é que tratam-se de pessoas vinda da Africa que amontoados em cubiculos dento do barco morreram por asfixia.  E ali estavam em busca de refugio na Europa.

Não precisa ser muito perspicaz para saber que essas mortes poderiam ser evitadas caso houvessem investimentos globais que permitissem que as pessoas pudessem viver com dignidade em seus lugares de origem sem precisarem cruzar os marés em busca de vida melhor.

Neste caso, em que a Europa arrocha suas leis que regulamentam a acolhida de estrangeiros em seus paises, o que se vê também é assim como o caso dos viciados em drogas aqui em São Paulo é quebrar o termometro para acabar com a febre.

A mim me parece que a população do mundo está sempre deitando os olhos em soluções paliativas que na verdade apenas prorrogam a soluções definitivas de problemas que afligem a humanidade.
Por que a policia norte americana não investe todo seu conhecimento e tecnologia para evitar que circulem livremente pelo mundo os grandes donos do trafico universal em lugar de transtornar a vida de centenas de pessoas de bem que apenas querem ir para os seus destinos e não estão nenhum a pouco a fim de pisar em solo americano? Por que o Congresso do Big Brother mundial não se debruça sobre a retirada de verbas para guerras contra ideologias e investe maciçamente na guerra contra o trafico, sem fazer disso uma mera disputa politica mas sim uma atitude humanista.

Por que os cidadão europeus não exigem de seus governos o aperfeiçoamento de leis que permitam um repressão sem treguas a fabricação e a venda de drogas em seu paises? Ao invés de espalharem pelo mundo sua crença racista de que o mal sempre vem do vizinho e não de sua propria casa?
Por que a oposição e a midia ideologica e o governo do nosso Brasil não se juntam  para propor soluções que impeçam a produção e distribuição das drogas e invertam as prioridades que devem ser: combater antes o trafico e depois o consumo? Sendo que para este ultimo a palavra mais adequada é desenvolver modelos educacionais que desestimulem a compra de drogas.

Ao invés de deixarmos florescer cada vez mais os fundamentalismos religiosos, as ideologias politicas que levam inevitavelmente à divergencias incontornáveis, no lugar de discutirmos soluções apenas pontuais daquilo que cada vez mais corroe o tecido que deveria estar integro das relações humanas, deixemos um pouco de lado as dicussões apenas numericas do que pode ou não pode dar certo para um pais num determinado momento, e imaginemos o mundo como uma verdadeira aldeia global em que as atitudes de um podem interferir na vida de milhões: um só traficante pode acabar com um bairro, uma cidade, um pais. 

Os grandes traficantes estão por ai comendo o mundo pelas bordas de uma maneira silenciosa e mais danosa do que a os trilhões da divida norte americana poderiam causar ao mundo caso não fosse paga, uma vez que eles - os traficantes - conseguiram criar um territorio tão dantesco como os afligidos por uma bombardeio que é a cracolandia em S Paulo.

Concordam comigo?
Fiquem em paz

Jonas