" Perguntei à terra,
ao mar, à profundeza
e, entre os animais, às criaturas que rastejam.
Perguntei aos ventos que sopram
e aos seres que o mar encerra.
Perguntei aos céus, ao sol, à lua e às estrelas
e a todas as criaturas à volta da minha carne:
Minha pergunta era o olhar que eu lhes lançava.
Sua resposta era sua beleza."
Santo Agostinho em seu livro Confissões.
Como se sabe, e me perdoem por dizer o que se sabe, vivemos muito mais para ter do que para conhecer ou saber.
E Santo Agostinho nesse belo poema nos chama a contemplação. Contemplar é algo que nos escapa no dia a dia dado que vivemos em uma ciranda que nos impusemos e da qual não se sabe bem para onde vai e nem em que vai dar.
Bem ao contrário de nossas agendas, nossas obrigações profissionais ou nossos manuais sobre como lidar com toda essa parafernália a nossa volta, a natureza se manifesta sempre de maneira simples sem "oquês" e nem "praquês".