sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ação de Graças

Mesmo com um atraso de 24 horas me considero ainda com tempo de comentar a respeito do Dia de Ação de Graças, uma data com significado especial para todos aqueles que, dirigindo suas orações a Deus, sentem-se alvo das atenções divinas em seu cotidiano, estas atenções  que costumamos chamar de milagres.

Não penso que Deus aja pontualmente na vida de alguém e ao pensar assim corro o risco de sugerir que Deus já tenha deixado tudo pronto aqui na Terra e saiu pelo universo afora tratando de criar outras coisas. Não quero falar em destino até por que não acredito que tudo já esteja escrito, pois se assim fosse bastava eu ficar sentado em algum canto esperando acontecer o que aconteceria comigo de qualquer jeito.

Mas para mim é dificil pensar que Deus, mesmo sendo Deus, haveria de criar para sí mesmo uma tamanha e dificultosa tarefa de ficar ouvindo seus fieis por toda a eternidade e intervindo na vida destes a fim de solucionar-lhes os problemas.

Penso que Deus, justamente por ser Deus, criou a harmonia da vida, criou a interrelação entre todos os seres vivos e é nesta harmonia e nesta interrelação que residem todas as necessidades humanas. Este é o principal e quem sabe o único milagre divino de que somos alvos. Já temos tudo que nos basta para vida.

Contraditóriamente justamente nós, os humanos e racionais, e por essa racionalidade distintos do resto do mundo vegetal, mineral e animal, justamente nós é que nos recusamos a aceitar a casualidade e as imposições da vida. Devemos aprender com os astros, os vegetais, os animais e minerais. Nenhum deles quebra a harmonia e todos aceitam com serenidade seus papéis, suas importancias, o ir e vir da vida de maneira compreensiva e pacifica.

Se cuidarmos sempre da interdependencia entre tudo que é vivo chegaremos ao que o próprio Cristo nos garantiu: eu vim para que todos tenham vida e vida em abundancia. Assim sendo não é de Deus que devemos esperar o acerto daquilo que supomos estar errado em nossas vidas, Deus nos mostra que a vida já está certa desde sempre.

Minha vida não me foi dada ontem, ou no dia em que eu nasci. As condições para que minha vida acontecesse já foram dadas em um tempo impossivel de determinar. E assim é com todas as vidas: do pé de alface ao peixe-boi ou da zebra aos ovos chocos, passando pela vida humana, tudo é harmonico e só existe por que tudo o mais existe.

Cuidar da vida, de todas as vidas, e deixa-las acontecer com naturalidade. Essa deve ser a nossa verdadeira Ação de Graças, essa pode ser a maneira mais agradável a Deus de manifestarmos nossa gratidão por tudo que nos foi dado.

Fiquem em paz

Jonas

Em caso de desastre, consulte o Twitter

Xerocado da Revista  Forum

Cada vez mais agências humanitárias e voluntários utilizam as redes sociais da internet quando ocorrem desastres nas Filipinas, um dos países mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática. Os especialistas atribuem a redes como Facebook e Twitter o número de mortos ser de apenas 20 durante a passagem do tufão Megi, que em outubro atingiu este arquipélago com ventos de até 269 quilômetros por hora.

Por Kara Santos

Cada vez mais agências humanitárias e voluntários utilizam as redes sociais da internet quando ocorrem desastres nas Filipinas, um dos países mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática. Os especialistas atribuem a redes como Facebook e Twitter o número de mortos ser de apenas 20 durante a passagem do tufão Megi, que em outubro atingiu este arquipélago com ventos de até 269 quilômetros por hora. Os Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronômicos das Filipinas (Pagasa) iniciaram sua conta oficial no Twuitter em meados de outubro, bem antes do impacto do Megi.

As atualizações em tempo real, que foram reenviadas pelos seguidores e informadas pelas principais rádios e emissoras de televisão, garantiram que o público soubesse quando e onde se esperava que o tufão fosse mais severo. Milhares puderam fugir para lugares mais seguros ou tomaram medidas de precaução antes da chegada do tufão.

Apenas um mês depois de criada, a conta da Pagasa no Twitter agora tem cerca de 28 mil seguidores que recebem as mensagens com informação meteorológica e atualizações sobre tempestades. “As redes sociais são muito populares por estes dias. Muitos jovens e os diferentes setores já usam este meio, por isso decidimos que também poderíamos aproveitá-lo”, disse Venus Valdemoro, encarregado da Unidade de Informação Pública da Pagasa.

Este estado de alerta diante da destruição que o país costuma experimentar, com uma média de 20 tufões por ano, tem origem nas dolorosas lições aprendidas a partir da fúria do tufão Ketsana, de 2009. Embora as Filipinas estejam acostumadas a enfrentar estes eventos climáticos na segunda metade do ano, padrões meteorológicos erráticos têm cobrado mais vítimas fatais e propriedades nos últimos anos.

Se esta vulnerabilidade foi combinada com o enorme interesse dos filipinos pelas novas tecnologias, o fato de estas serem usadas para atender necessidades sociais se torna bastante natural. Frequentemente se diz que Manila é a capital mundial das mensagens de texto. Segundo a empresa norte-americana Gartner, dedicada a realizar pesquisas sobre as tecnologias da informação, as Filipinas, com 94 milhões de habitantes, tem uma penetração da internet de 29,7% e é líder na Ásia em matéria de adoção de redes sociais.

Atualmente, é o sexto país no mundo no uso de Facebook e Twitter. No primeiro tem mais de 18 milhões de usuários, por exemplo, segundo a consultoria comScore. As agências humanitárias também pegaram o trem das redes sociais. A Cruz Vermelha das Filipinas as usa para divulgar notícias sobre suas atividades.

A conta dessa organização no Twitter conseguiu cerca de três mil seguidores nos dias posteriores ao seu lançamento, no pior momento do tufão Ketsana. Depois, os seguidores aumentaram para 42.364, e continuam crescendo. “O amplo alcance das redes faz com que sejam meios muito efetivos para comunicação com o público em geral”, disse à IPS a secretária-geral da Cruz Vermelha das Filipinas, Gwendolyn Pang.

A quantidade de seguidores dessa entidade no Facebook também aumentou durante a passagem do Ketsana, e o site ajudou a mobilizar voluntários para as operações de resgate, acrescentou Pang. Agora, há cerca 100 mil pessoas seguindo a organização nessa rede social. Esta tecnologia permite que todos possam se expressar, o que a torna indispensável na hora de divulgar anúncios, disse Pang.

Rubens Canlas Jr., assessor para temas de tecnologia da informação, disse que o uso das redes sociais da internete eliminou o “intermediário” na contaminação, permitindo obter a informação pública diretamente da fonte. “No passado não tínhamos outra opção a não ser depender do rádio e da televisão para recebermos atualizações sobre emergências e meteorologias, que não são maneiras eficientes de disseminar informação urgente”, disse Canlas.

Os canais de TV que competem entre si também criam um “gargalo tecnológico” quando entrevistam um porta-voz e, portanto, impedem que outro canal, ou emissora de rádio, tenha acesso a essa fonte durante certo tempo, explicou Canlas. “Agora, Pagasa pode transmitir por si mesmo a informação por mensagem no Twitter e a mídia pode, simplesmente, informar usando essa mensagem”, acrescentou. Embora o Twitter seja a única conta oficial da Pagasa, seus funcionários dizem que chove pedidos para abrirem outras no Facebook e no Friendster.

As Filipinas estão catalogadas como o país mais propenso aos desastres, segundo estudo do Centro para a Pesquisa sobre a Epidemiologia dos Desastres, com sede em Bruxelas. O Banco Mundial lista o país entre os mais afetados pela mudança climática, e o que corre maior perigo de enfrentar tempestades frequentes e intensas.

Em média, anualmente 20 tufões atingem o país. Megi foi o décimo deste ano. Em setembro e outubro do ano passado, os tufões Ketsana e Parma atingiram a ilha filipina de Luzón cmo diferença de uma semana entre um e outro, desatando as piores inundações em quatro décadas e matando mais de mil pessoas neste e em outros países da Ásia oriental.

 

 

De cara com o estuprador

Xerocado do blog do LadoDeLá







Passei a tarde de domingo esperando para fazer um boletim de ocorrência de furto de veículo. Nada tão extraordinário assim, considerando que furto de veículo no estado de São Paulo é tão rotineiro quanto levar o carro para lavar. Naquela tarde, por exemplo, foram três veículos. Numa cidade de 60 mil habitantes.

 Ao chegar à delegacia, dei de cara com o sujeto. Estava algemado, olhar cabisbaixo. Nunca tinha visto um estuprador de perto. E logo pensei: - Será que ele tem algo de diferente de nós? O quê? Parecia uma pessoa comum, como tantas outras... Talvez seja isso! Um estuprador é capaz de ser e agir como outra pessoa qualquer. O crime tinha acontecido hora antes em Valinhos. Ele violentou a vítima ameaçando-a com uma pequena faca serrilhada de cabo amarelo. Ela seguia com ele no carro pela Rodovia Anhanguera em direção a São Paulo. Será que pensava em matá-la? A cancela automática do pedágio não abriu e o carro da frente parou. Ele diminuiu a velocidade, o bastante para a garota abrir a porta e se jogar para fora.

Um carro de polícia vinha logo atrás e quase passou por cima dela. Começou a perseguição. Ele levou a pior, depois de bater em outro carro. Na delegacia, os policiais estavam excitados. Tão excitados quanto jornalistas diante de uma queda de avião, ou um pescador ao fisgar um dos grandes. Muitos guardas, doze ao todo, se cumprimentavam com entusiasmo. Tudo meio patético, para quem vê naquele fato algo tão revelador da nossa miséria existencial. Depois de lavrado o fagrante, o estuprador foi encaminhado à carceragem, para aguardar remoção para o Centro de Detenção Provisória de Campinas.

Neste momento, muitos fotografaram o acusado, espécie de troféu. A jovem repórter anotou cuidadosamente todas as informações e também pediu ao guarda que fotografasse o criminoso. Acho que preferiu não olhar diretamente para ele pela lente. Quando a delegacia esvaziou, Vera, a plantonista, ouviu um ruído na carceragem e foi checar. Voltou assustada e avisou: - O cara está tentando se matar! Pensei comigo: - A jovem repórter acaba de deixar a notícia atrás das grades, ensanguentada. Foi um corre-corre. Decidiram algemá-lo com as mãos para trás. Enquanto isso, o telefone tocava sem parar. Repórteres, esposas (três se apresentaram assim), a mãe e uma tia, que desabafou: - De novo! Quando puxaram a capivara do cidadão, lá estavam: duas condenações, uma de quatro anos e oito meses e a outra de dois anos e tanto. Ambas pelos mesmos crimes. Pensei: - Esse aí é caso perdido.

Um detalhe me chamou a atenção: - O guarda que o prendeu disse que o homem tinha voz afeminada, achou até que fosse "gay". Seria mais um caso emblemático de vítima de abusos na infância? Ninguém vai querer contar toda a história. E sabe por quê? Porque agora que ele está preso, ninguém quer mais saber.

Manchetes, fotos e noticias

E existem algumas pessoas que se satisfazem em olhar fotos e manchetes e depois saem por ai divulgando informações incompletas quando não tendenciosas. Essas são um prato cheio para a velha midia. Vejam abaixo um bom ( ou será péssimo? ) exemplo da total desconexão entre foto e manchete com a noticia.

Xerocado do blog do Esquerdopata

Lendo a manchete abaixo e vendo a foto ilustrativa o que é que se imagina?


Errado, o desemprego caiu e a notícia seguinte mostra que o salário subiu...