sábado, 21 de agosto de 2010

Maitê Proença, Eliane Catanhede e Fernanda Torres

Eu tenho um método que costumo usar bastante em tempos de eleições para me ajudar a decidir em quem votar: eu observo não os candidatos mas sim os eleitores. Para mim é muito simples: quanto mais belicoso, mais preconceituoso, machista e sexista for um eleitor eu não voto no candidato que ele escolheu, dado que uma pessoa com crenças dessa natureza só pode identificar-se com quem pensa assim também. É a minha lógica.

Quanto mais injusto for o eleitor menos eu simpatizo com o candidato dele que deve ser seu igual.

Essa semana fiquei sabendo de umas jóias ditas por algumas das chamadas celebridades que, para mim, só depõe contra a candidatura que defendem.

Primeiro foi a sra Maitê Proença que em entrevista declarou apelativa: " que os machos selvagens nos salvem da Dilma". Uma frase dessas vinda de um homem já seria bastante constrangedora e reveladora de ranços machistas milenares. Vinda de uma mulher torna-se ainda mais triste pois ultrapassa os limites do civismo e da convivencia igualitária entre homens e mulheres. Duas das prinicipais bandeiras erguidas especialmente pelas mulheres ao longo do último século e que essa moça faz questão de pisotear.

Só resta uma dúvida que a senhora Maitê precisa urgentemente esclarecer. Ao fazer uma declaração dessas o que ela quis dizer?

1) Que a Dilma está precisando praticar sexo selvagem o que, ao melhor estilo machista, a transformaria apenas numa dondoca de rosto bonitinho e fugir das responsabilidades cidadãs que ela , Dilma, está tentando abraçar?

2) Ou que a Dilma deve transformar-se em uma vitima à la Elisa submetida a vileza odiosa de quatro ou cinco machos cujo desfecho de festinhas são por sí só reveladoras de, quem sabe, submissão feminina ; e resultaram em mais selvageria?

A saber.

Depois vem a senhora Fernanda Torres. Me caiu o queixo ler  na Folha De São Paulo que essa moça que eu imaginava dotada de brilhante intelecto recorre ao infantil "uni-dune-te" para escolher seu candidato a Presidencia da República. Sim senhores está lá na Folha de São Paulo de domingo passado um artifg escrito por ela e pretensamente sério. Fernanda Torres renegou o passado de quem ela é filha e jogou na lata do lixo qualquer herança minimamente cidadã, de sua mãe Fernanda Montenegro. Me deu desgosto ver uma pessoa que eu sempre admirei como atriz e que justamente por isso é exemplo para uma parcela considerável da população, recorrer a uma brincadeirinha infantil e inconsequente para tratar de assunto tão sério quanto é o de escolher o próximo Presidente da Republica.

E por ultimo sou obrigado a confessar para voces que tive vontade de chorar, sério mesmo, eu quase chorei, ao ver e ouvir as declarações da jornalista ( ?? ) Eliane Catanhede em video gravado na convenção do PSDB em Brasilia. O video fala por si mesmo. Observem que essa moça sugere  que o partido de sua preferencia  não é " um partido popular " pois partidos assim tem sempre muita confusão e bagunça e acrescenta  sem nenhum pudor que aquele partido estaria parecendo um partido de massas mas de massa cheirosa.

Penso que enquanto for dada a tarefa de informar e formar a opinião pública para pessoas carregadas de preconceitos tão escabrosos, não há como imaginar um Brasil igualitário, democrático, soberano e livre como aliás apregoam todos os candidatos. Sendo que alguns candidatos deviam envergonhar-se dos eleitores que tem.

Fiquem em paz,

Jonas