terça-feira, 16 de março de 2010

O falso e o autentico

Devido a reunião de trabalho ontem sai mais tarde. Então antes de ir para casa parei em uma lanchonete para fazer um lanche.

Quase me arrependi e por duas razões: a primeira é que o lanche demorou demais para sair. E o chato desses momentos e ainda quando se está sózinho é arrumar o que fazer. 

Sobre a mesa tinha um desses jogos americanos de papel com propaganda de uma escola de ingles. Tinha um caça-palavras, umas cruzadas, um desses labirintos que voce leva o esquilo até uma nóz e um jogo dos sete erros. Lí tudo e solucionei todos os “problemas”.

Restou-em ainda ler toda a latinha de Sol e os cartazes colados pelas paredes do lugar. Fiquei sabendo de todas as festas do mes, de um show do A-Ha e também de uma novena numa paróquia próxima. Na mesa ao lado havia uma familia – os pais e um rapaz – sendo que o rapaz fazia aniversário, coisa que era denunciada por um pequeno bolo colocado sobre a mesa. Ainda antes de meu lanche chegar eles cantraram o Parabéns a Voce para o rapaz, tiraram fotos e liquidaram com o dito bolo, coberto de nozes diga-se de passagem.

Esgotadas todas as possibilidades de manter meu cérebro funcionando não me restou outra coisa senão deitar os olhos sobre a tela de uma TV pendurada na parede a minha frente e, pra variar, sintonizada na Globo. Pude testemunhar cenas ao vivo do BBB. Coisa rara senão inédita para mim.

E aqui entra meu segundo arrependimento. Eu passei a ver um dos momentos que devem ser o mais eletrizante do programa dado que seu apresentador fez muito suspense sobre ele e podia-se notar nos personagens ( eu disse personagens? deve ser meu subconsciente) uma certa ansiedade pelo que poderia vir.
Os personagens eram convidados um a um a entrarem num cubiculo que chamavam de confessionário e ali eram convidados a responderem a pergunta: quem voce acha a pessoa mais falsa da casa?

E segundo o apresentador não valiam explicações nem devaneios, tinha que ser assim “na lata”. O objetivo eu desconfio que seria eliminar alguém do jogo.

E veio o primeiro personagem, o segundo, o terceiro… se não me engano foram dez, alguns mostravam-se espantados – Falsa?!! mas quem?! humm assim assim acho dificil, deixa eu pensar… - mas diziam um nome e assim seguiu. Juro que fiquei torcendo para que um deles respondesse: eu mesmo! Afinal estavam em um confessionário. Não. Isso não aconteceu. Não tenho bem certeza mas o nome de uma das moças foi o mais citado. E depois tinha mais uns rituais que eles cumpriam na tentativa de que se descobrisse quem disse o que de quem.
01
Felizmente terminei meu lanche e não vi essa parte de puro entreguismo e saí. No caminho para casa fiquei pensando que os idealizadores do tal programa podiam aproveitar e dar um melhor exemplo de convivencia humana e então os personagens seriam convidados a dizerem quem seria o individuo mais autentico da casa.

Mas me dei conta de que muito provavelmente o resultado seria empate. E não haveria eliminação de ninguém. Dado que o mais autentico de todos seria sempre o que estava sendo perguntado. Tem alguma coisa errada nisso. Mas não sei bem o que é.

Fiquem em paz.

Jonas