" Não vim para esclarecer, vim para confundir", já dizia Chacrinha. E ao que parece o grande mestre e comunicador da TV brasileira está sendo revivido por grande parte da imprensa brasileira e de seus discipulos.
Porém há uma triste diferença. Ao contrário do Chacrinha cuja empenho era nos divertir, os jornalões e as revistonas estão empenhados em sempre anunciar o fim do mundo para amanhã.
A proposta de confundir ao invés de esclarecer é elevada a potencia máxima através da informação sempre tendenciosa e com opinião unilateral. Não há pluralidade de opiniões e muito menos o cultivo da máxima da justiça democrática que concede a qualquer um o beneficio da duvida até que as culpas sejam comprovadas.
Quando se recusa de maneira sistematica a submeter-se aos padrões democraticos de convivencia, quando não admite sequer ser questionada a respeito de seu comportamento, brandindo uma liberdade e uma moral que ela mesma nega aos outros, ao imprensalona está desmontando a democracia.
Em que pese as tentativas ainda muito timidas da parte de politicos e entidades diversas de chamar a atenção para a grave falta de freios existente nos jornalões e nas revistonas brasileiras, é bastante preocupante que nada de concreto venha sendo feito na direção de regulamentar a divulgação de informações sejam de que natureza for, em especial quando envolver a honra e a moral dos individuos.
Para dizer a verdade a relação que se vê da sociedade com a imprensa é aquela mesma que nos diz aquele ditado que se coloca a tranca na porta depois de arrombada. De nada adianta, ou adianta bem pouco, o apelo para a Justiça afim de requerer indenizações por danos causados por noticias fantasiosas, pois bem se sabe, que a primeira impressão é a que fica. Não são poucos os casos de pessoas que não conseguiram mais recuperar suas imagens publicas após serem vitimas de mentiras jornalisticas.
Uma parte importante da imprensa brasileira está ocupada em desmontar a democracia e a tornar secundária as discussões sobre o que realmente importa para o destino do Brasil. A imprensa tem feito o que pode e o que não pode para disseminar entre os brasileiros o conceito de que honestidade e moral não é uma questão de opção mas antes de tudo trata-se de um padrão ideologico e que consta, evidentemente, apenas dos manuais partidários daqueles com os quais ela convive.
A honestidade e a moral é, segundo a imprensalona, patrimonio dela e de seus partidários. Sendo que seus conceitos são sempre muito relativos e difusos quando trata-se de seus pares e absolutos e rigorosos ao referirem-se aos seus opositores.
O resultado disso já se vê nos comentários da blogosfera, nas mesas dos botecos e nos churrascos em familia: definitivamente tudo que não presta no pais, tudo que tem de ruim e maléfico para o país, vem do atual governo federal. Trata-se de um maniqueismo impar: um governo ruim é 100% ruim em todos os seus atos e todos que pertencem ao governo ou seus eleitores são ladrões, desonestos e safados.
A imprensalona já conseguiu destruir em boa parte da população brasileira o discernimento, o bom senso, a parcimonia. A imprensa golpista apoderou-se indevidamente do papel politico que caberia aos politicos da oposição - e isso só ocorreu por incapacidade destes - e, de posse de instrumentos poderosissimos e de alcance invejável, divulga o que ela quer. De maneira unilateral e sem permitir o contraditório - pois orgãos de imprensa não são tribunas e nem parlamentos - a imprensalona criou o país ideal para ela apenas.
A imprensalona tentou e conseguiu carimbar na nossa presidenta o apelido de Faxineira, fazendo a população não-pensante do pais, imagina-la uma gerentona visitando diariamente todos os orgãos publicos, vasculhando gavetas, inquirindo pessoas e demitindo quem ela suspeitar. A imprensalona conseguiu com isso reduzir a Presidencia da Republica à um orgão fiscalizador e punidor. Querem imprimir na Dilma o papel triste e quixotesco atribuido ao Collor e que deu no que deu.
Ora a imprensa não é e nunca foi apta ou habilitada para governar. Jornalistas ( ou jornaleiros) não têm o diploma necessário concedido pela população no exercicio do voto democratico, para decidir o que presta e o que não presta para o país. E não o tem também pelo simples fato de julgarem-se infaliveis, éticos e onipotentes, o que é uma aberração em termos de principios democraticos.
No entanto e devido a incapacidade da oposição em articular-se e apresentar propostas de governo, jornalistas e jornaleiros posam de vigilantes da democracia, da cidadania e dos bons costumes, fazendo discursos com verniz liberal mas que procuram tão somente apoderar-se de uma nação inteira a fim de executar seus projetos evidentemente nada honestos e muito menos patrioticos.
Já passou da hora de criarem-se instrumentos para regulamentar a imprensa. Não basta ficarmos falando mal dos Civita & cia bela. Mais um tempinho e já será tarde demais para evitar a desconstrução da democracia no Brasil. Mais um pouco e estaremos assistindo o advento da tirania midiatica. Já não tarda a chegada da implantação do Dia Nacional do Patrocinio, quando o Brasil se curvará de uma vez por todas às forças do liberalismo e do deus mercado, e babau pros interesses nacionais.
O que lí publicado aqui ( blog do bourdoukan) e que divido com vocês logo abaixo, resume de maneira muito feliz a atual obsessão da imprensa golpista do Brasil. Acredito ser esta a tradução mais fiel dos verdadeiros propositos dos Civita, Mesquita, Marinho, Frias e seus caninos seguidores. E é bom mesmo que se cite os nomes dos donos da midia brasileira, pois não é de se supor que a enxurrada de desinformações e confusões causadas pelos editorialistas e articulistas da imprensalona, que corre por aí, corra sem o mando desses senhores.
...Já não se odeia mais o passado
O presente não importa
É preciso liquidar o futuro...Fiquem em paz
Jonas
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