Encafifo-me demais todas as vezes que vejo a Omo anunciando um sabão com nova fórmula. E a tal nova fórmula vai lavar muito melhor, mais profundamente, mais perfudamente. E mostram as entranhas de uma peça de roupa para onde os novos cristais vão em busca da sujeira mais escondida e deixando tudo limpinho e cheirosinho. E me pergunto: Ué! Mas a formula anterior já não fazia tudo isso.
E fico assim pensando se o fabricante não está a pensar que seus consumidores não se dão conta disso, ou se ele - o fabricante - sempre aposta na fidelidade canina na famosa marca destes mesmos consumidores
E ocorreu-me a mesma coisa neste fim de semana, quando eu li que a Desorgonizações Globo fez publicar o seu manual de conduta jornalistica - sob o pomposo titulo "Principios Editoriais" - para todos os seus funcionários de todas as midias cujo foco principal é ética, isenção e credibilidade. E imediatamente veio-me a pergunta: Ué? Mas não foi sempre assim?? Não foi assim lá naquele dia da bolinha na testa do Serra? Não foi assim no dia do acidente com o avião da Tam em Congonhas, dia em que o sr Bonner Simpsom deixou o ar condicionado do estudio e foi lá na beira da pista culpar o governo federal na pessoa do Lula como responsavel pelo acidente?
Tá bom, tá bom, também não me precisa chamar de ingenuo né?
Assim como as peças de publicidade do sabão, a Globo também nos brinda com uma peça publicitária dizendo que agora vai. Então tá. Em um ambiente onde a cultura reinante desde os idos da "ditadranda" é de nitida tendencia ideologica e onde não se poupa esforços para destruir moralmente aqueles que não se afinam com os interesses de seus donos, de repente basta colocar no papel que todos devem ser éticos e isentos que vaptvupt! todos se tornam éticos e isentos. ( importantissimo: como em todos os lugares, na Desorganizações Globo já existem desde sempre pessoas éticas e isentas, não sei quantas são, mas que tem, tem.). Será que antes existia um manual onde a ordem era ser antiético e tendencioso?
Mas deixa isso pra lá e vamos fazer de conta que ok, tudo bem e vamoquivamo. E como consumidor esporádico de um ou outro produto de algumas das midias da Desorganizações Globo, quero, a exemplo de qualquer outro consumidor, contribuir sobre o que eu julgo ser uma melhoradinha nesse tal manual. Então lá vai, são só duas sugestões:
A primeira é que pudesse se tornar norma em todas as noticias que citassem nome de politicos fossem citados também e obrigatoriamente o partido a que pertencem. Pois não sei se os leitores concordam mas quando é noticia ruim envolvendo partidários da situação ( sim estou falando do PT e sua base) o partido é citado e quando não, não. Pois sei lá entende? Eu fico - e não sei se os demais milhões de ouvintes da noticia tambem ficam - com a impressão de que coisas desonestas, imorais, antiéticas, estapafurdias e otras cositas mais, somente acontecem com os petistas e seus aliados. Os demais é claro são todos santos. Então seria simples assim: disse o nome de um politico diga-se também o partido dele. Para o que der e vier.
Penso também que a palavra governo com o passar do tempo passou a ser tradução apenas do governo federal. Pois que se faça também, e obrigatoriamente, a explicação de que governo está se falando: se federal, estadual ou municipal, de preferencia citar nomes do presidente, ministros e secretários, prefeitos e governadores. Não só para que se dê nome aos bois mas para que fique claro para a população em que esfera se enquadra a noticia.
Um caso representativo disso que estou falando é por exemplo a esculhambação injusta e nada isenta quando o assunto é imposto. O sentimento que se tem que é o único e exclusivo arrecador de impostos no Brasil é o governo federal. Bem eu nem vou citar aqui as dezenas ( quem sabe centenas?) de impostos e taxas cobradas nesse nosso querido pais cuja arrecadação é feita pelos tres niveis de governo.
Dirão alguns que estou sendo ingenuo - de novo - mas são com coisas assim pequeninas que se constroem a consciencia politica nacional. É assim que se aprende a distinguir quem é quem na politica de um país e as esferas de responsabilidade.
Fiquem em paz
Jonas
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