terça-feira, 2 de agosto de 2011

Trafico de drogas: não acaba por que não querem



Agora pela manhã ouví no rádio pela enésima vez que o governo do Estado de S Paulo está novamente  pensando modelos, investindo dinheiro e mão de obra para tratar de dependentes quimicos através de internações, ajuda de profissionais, etc, etc..

E me ocorreu no mesmo momento que nos ultimos anos a  proposta tem sido sempre a mesma quando se trata de drogas: combater as causas e não o efeito. Curar a febre quebrando o termometro. Não me parece que afastar os individuos do consumo das drogas, vá acabar com a produção dessa invenção do capeta.em pessoa.

E enquanto eu pensava nisso me lembrei de uma outra noticia que eu lí aqui a respeito da sociologa Rafaela Gutierrez, cidadã mexicana, cujo vôo em que ela estava indo do México para Europa foi proibido pela CIA de sobrevoar o espaço aéreo norte americano uma vez que a sociologa tem, digamos assim, a ficha suja nos Estados Unidos em razão de sua militancia junto a indigenas na Bolivia. 

Vejam voces que a maquina norte americana de repressão do que é contrário às suas ideologias aproxima-se da perfeição ou seja, ao que se vê a policia do Grande Irmão do Norte tem até mesmo a lista de passageiros de aviões que sobrevoam - vejam bem: sobrevoam e não pousam - o país.

E meus pensamentos voaram para a Europa e seu conjunto de paises sendo que em muitos a xenofobia já se exibe despudoramente, tendo seus cidadãos cada vez mais exigido de seus governos medidas no sentido de conter a imigração o que de uma certa forma provoca a ocorrencia que lemos ontem: a guarda costeira italiana encontrou 25 corpos de homens mortos a bordo de um barco na costa sul da ilha de Lampedusa. A primeira hipotese é que tratam-se de pessoas vinda da Africa que amontoados em cubiculos dento do barco morreram por asfixia.  E ali estavam em busca de refugio na Europa.

Não precisa ser muito perspicaz para saber que essas mortes poderiam ser evitadas caso houvessem investimentos globais que permitissem que as pessoas pudessem viver com dignidade em seus lugares de origem sem precisarem cruzar os marés em busca de vida melhor.

Neste caso, em que a Europa arrocha suas leis que regulamentam a acolhida de estrangeiros em seus paises, o que se vê também é assim como o caso dos viciados em drogas aqui em São Paulo é quebrar o termometro para acabar com a febre.

A mim me parece que a população do mundo está sempre deitando os olhos em soluções paliativas que na verdade apenas prorrogam a soluções definitivas de problemas que afligem a humanidade.
Por que a policia norte americana não investe todo seu conhecimento e tecnologia para evitar que circulem livremente pelo mundo os grandes donos do trafico universal em lugar de transtornar a vida de centenas de pessoas de bem que apenas querem ir para os seus destinos e não estão nenhum a pouco a fim de pisar em solo americano? Por que o Congresso do Big Brother mundial não se debruça sobre a retirada de verbas para guerras contra ideologias e investe maciçamente na guerra contra o trafico, sem fazer disso uma mera disputa politica mas sim uma atitude humanista.

Por que os cidadão europeus não exigem de seus governos o aperfeiçoamento de leis que permitam um repressão sem treguas a fabricação e a venda de drogas em seu paises? Ao invés de espalharem pelo mundo sua crença racista de que o mal sempre vem do vizinho e não de sua propria casa?
Por que a oposição e a midia ideologica e o governo do nosso Brasil não se juntam  para propor soluções que impeçam a produção e distribuição das drogas e invertam as prioridades que devem ser: combater antes o trafico e depois o consumo? Sendo que para este ultimo a palavra mais adequada é desenvolver modelos educacionais que desestimulem a compra de drogas.

Ao invés de deixarmos florescer cada vez mais os fundamentalismos religiosos, as ideologias politicas que levam inevitavelmente à divergencias incontornáveis, no lugar de discutirmos soluções apenas pontuais daquilo que cada vez mais corroe o tecido que deveria estar integro das relações humanas, deixemos um pouco de lado as dicussões apenas numericas do que pode ou não pode dar certo para um pais num determinado momento, e imaginemos o mundo como uma verdadeira aldeia global em que as atitudes de um podem interferir na vida de milhões: um só traficante pode acabar com um bairro, uma cidade, um pais. 

Os grandes traficantes estão por ai comendo o mundo pelas bordas de uma maneira silenciosa e mais danosa do que a os trilhões da divida norte americana poderiam causar ao mundo caso não fosse paga, uma vez que eles - os traficantes - conseguiram criar um territorio tão dantesco como os afligidos por uma bombardeio que é a cracolandia em S Paulo.

Concordam comigo?
Fiquem em paz

Jonas

6 comentários:

  1. Não é nem um pouco interessante acabar com o trafico de drogas pq:
    -É uma excelente forma de controle social,afinal,drogadicto nao ta nem ai pra safadeza de politicos,pra injustiças e desigualdades sociais,fome na Africa,limpeza etnica contra palestinos,etc,etc.Principalmente aquela massa de idiotas que habita os eua
    -E o que seria das lavanderias de luxo,de dinheiro(paraisos fiscais como a suiça)que sobrevivem do ato de deixar o dinheiro do trafico limpinho,limpinho
    -E as industrias quimicas que produzem os insumos para refino de coca?iriam a falencia
    -Como o eua iam justificar as bases militares na Colombia?
    -E como manter a eficiencia homicida dos soldados norte americanos no Iraque e Afeganistao,se nao for entupidos de droga até o talo??
    Nao se se essa informacao procede,mas,que faz sentido faz!!
    http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/11388-11388-1-PB.htm

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  2. Meu caro "anonimo" muito orbigado por sua contribuição que aliás só justifica o titulo desse post: naõ acaba por que não querem.

    Grandes abraços

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  3. Meu caro Jonas,

    Acho que você está completamente equivocado, desculpe a sinceridade.

    Primeiro quanto a lista dos passageiros, embora eu concorde que a proibição é absurda, todos os aviões que sobrevoam o país {{qualquer país}} precisam de autorização, as regras são mais ou menos gerais e parecidas.

    Quanto a questão das drogas seus argumentos me pareceram um pouco ingênuos. Acho que a questão não é o combate ao tráfico (gera lucros, etc. Ok.) mas justamente algo que você começou a desenvolver e parou: "os motivos que levam alguém a usar drogas".

    A humanidade usa drogas desde...sempre! Ópio, álcool, etc. Café, cigarro, maconha, crack.

    A questão é que a humanidade nunca teve um convívio ausente de drogas. Proibir me parece um erro. Controlar, não.

    Escrevi em meu blog dois artigos sobre a questão da regulamentação das drogas discutindo um pouco isso, mas acho que 'o buraco é mais embaixo'.

    Desculpe, novamente, a sinceridade. Mas acho melhor ser sincero que não dizer nada...

    Abração!

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  4. Jonas, se me permite discordar, não creio que o investimento maciço em combate ao tráfico seja solução. O histórico da proibição das drogas nos mostra que o interesse na manutenção desta proibição é grandioso inclusive dentro dos Governos. É uma maneira de controle social de massas afinal de contas. Quanto aos lucros, estes são muito maiores fora do alcance da taxação do Estado, obtendo refúgio em bancos dentro e fora de paraísos fiscais (bancos americanos foram condenados por lavar o dinheiro do tráfico mexicano, por exemplo). Sem regulação, sem controle, é muito mais difícil controlar o uso de drogas. A ilusão da "guerra às drogas" causa grandes gastos aos cofres públicos e é uma batalha sem vencedores e sem fim, enquanto a hipocrisia da proibição reinar. Seres humanos usam drogas desde que o mundo é mundo, como bem colocou o caipira, a questão é como a proibição e o controle por parte justamente dos grandes traficantes (quem disse que eles não estão no poder oficial?) afeta a ampliação do mau uso das substâncias.

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  5. Muito obrigado caros Bina e Caipira por exporem suas opiniões que a mim me parecem consistentes e bem proxima da realidade. Discordo de que eu esteja sendo ingenuo pois meu entedimento sobre as soluções para esses problemas passam muito mais por se retomar valores humanos que foram abandonados ao longo do tempo do que por problemas meramente politicos ou financeiros. Voltarei em bereve nesse assunto e de novo agradeço suas presenças.

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  6. Acredito que a distribuição livre e gratuita pelos governos do mundo teria muito mais eficacia por derreter gradativamente o principal elemento de sustentação; o LUCRO, isso poria por terra a motivação para o consumo, tráfico, aliciamento de menores e de lambuja custaria bem menos financeiramente que o pseudo combate que os mesmos dizem travar a anos. É claro que o custo social no inicio seria gigantesco com muitas perdas de vida por overdose e outras coisas mais, mas creio que é livre arbítrio de cada um por em risco ou fazer da sua vida o que bem entender e a médio prazo teriamos um sociedade que aprendeu pelo trauma e praticamente apática ao uso de drogas, os que sobrassem.

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