sexta-feira, 20 de abril de 2012

Serra: mais do mesmo?

Via DoLaDoDeLá



"Gestor", "competente", "sério", "o homem dos genéricos", "o criador do seguro-desemprego", "o melhor ministro da saúde que o brasil já teve", "já foi deputado, senador, prefeito, governador", "filho de feirante", "nasceu de uma família pobre na mooca". responda rápido: em quem você pensou?




e, apesar de quase tudo ser mentira, você sabe por que pensou nele? porque desde 2002 você já ouviu isso em quatro das últimas cinco campanhas eleitorais. e vai ouvir neste ano de novo. é um inferno. aquela voz melosa. aquele apresentador que era magro, jovem e tinha os cabelos negros em 2002, hoje esta velho, barrigudo e grisalho. mas vai estar lá. "e ainda tem o dominguinhos!", lembra uma química editora-chefe.

e a repetição vai ser pior neste ano. porque desde a última campanha não há absolutamente nada novo a acrescentar nesse currículo. vejamos: 2002 foi a primeira (nessa linha), tudo bem. e tinha o medo da regina duarte que, vá lá, foi um charme, vai? em 2004, foi discurso repetido, mas ainda não tinha cansado. em 2006 ele já tinha sido (mais ou menos) prefeito. ok. em 2010 ele pôde acrescentar que havia sido governador. beleza. e agora? o que acrescentar nesse currículo?

"já foi deputado, senador, prefeito, governador. foi a palestras, cursos e reuniões. tuitou muito. conchavou. fala inglês fluentemente. domina o word, o excel e o power point. gosta de desafios e de conhecer gente nova. tem facilidade de relacionamento e está sempre disposto a aprender".

é isso? é isso o que vamos ouvir no fim do ano?

se eu estou angustiado, imagina ele!

nem é intenção pedir que não votem nele. cada um vota em quem quiser. mas eu clamo aos marqueteiros por criatividade. afinal, o brasil é um país livre, mas o horário eleitoral é compulsório e o voto, obrigatório.

eu confio na publicidade brasileira! se teve até jogadora de basquete que ficou bonita na playboy, minha gente, pra tudo dá-se um jeito. pelo menos até a posse.

ps.: clamo, ainda, aos adversários, que não perguntem se ele vai cumprir os quatro anos de mandato. ele vai dizer que sim de novo. e não vai cumprir de novo.

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