Via O Escrivinhador
Vendo a Dilma nos EUA, reunida com Obama, eu me lembro daqueles
emails da época da última campanha eleitoral, que diziam: “a terrorista
não poderá visitar os EUA, será barrada”. Quanta barbaridade. Não
esqueçamos nunca do que a turma do Serra foi capaz de fazer. O aborto (a
mulher do Serra em pessoa, segundo o “Estadão”, disse numa passeata que
Dilma era a favor de matar criancinhas), a bolinha de papel que Ali
Kamel quis transformar em atentado, a ficha falsa, os boatos…
E agora está a Dilma lá nos EUA, enquanto o Serra sua pra ganhar prévia
na disputa pra Prefeitura. O Brasil se livrou de uma encrenca!
A turma que acusava Dilma de “abortismo” transferiu sua ira pro Supremo
Tribunal Federal. Alguns pastores e bispos católicos (entre eles, aquele
bispo dos panfletos, de Guarulhos) parece que gostariam de ver o Santo
Ofício instalado na praça dos Três Poderes.
E a Dilma? Em algumas áreas, o governo andou pra trás em relação a
Lula: na Cultura, na Comunicação, na Reforma Agrária. É um governo
tímido. Mas muito bem avaliado. Nas relações internacionais, Dilma
mantem a altivez de Lula. Dá até medo o que seria um governo tucano
nessa área.
Nos Estados Unidos, Dilma criticou a política cambial dos EUA e foi
direta: a América Latina não aceita mais “Cúpula das Américas” sem a
presença de Cuba. A próxima, na Colômbia, será a última sem os cubanos,
avisou a Obama. Os jornalistas pediram detalhes à presidenta. E aí vejam
o que aconteceu, na descrição do “insuspeito” O Globo:
“perguntada se o Brasil fez um pedido formal para que Obama
aceitasse Cuba no próximo encontro dos chefes de Estado, Dilma afirmou:
— O que houve foi a constatação de que todos os países (da
América Latina) têm relação com Cuba e, portanto, esta é a ultima cúpula
em que ela não participaria. Esta é a posição unânime (na região).
Questionada sobre a resposta de Obama, Dilma retrucou:
— Ele não tem que responder. Isso não é uma pergunta.”
Acho que deu pra entender, né?
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