quarta-feira, 28 de março de 2012

Saúde reaproxima Lula e Fernando Henrique

Via Brasil 247

Lula e Fernando Henrique Cardoso já estiveram juntos em vários momentos históricos. Combateram a ditadura, distribuíram panfletos nas greves do ABC e governaram o Brasil por 16 anos. De acordo com FHC, este período será visto, no futuro, pelos historiadores como parte do mesmo processo histórico, com a consolidação da social-democracia no País. No entanto, assim como os uniu, a política também os separou. FHC se queixava de nunca ter sido convidado para um café nos oito nos em que Lula presidiu o País. Lula, por sua vez, sempre atribuiu a FHC a "herança maldita" que teria marcado seu primeiro governo.

Agora, a saúde os reaproximou. Na manhã desta terça-feira, Lula recebeu a visita de FHC no Sírio-Libanês e os dois posaram sorridentes para fotos. Será o início da reconciliação política? Leia, abaixo, matéria do G1:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na manhã desta terça-feira (27) a visita do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo informou a assessoria do Instituto Lula.

Lula, que teve um câncer de laringe diagnosticado no ano passado, passa por acompanhamento no hospital por conta de uma inflamação na garganta e também faz sessões de fonoaudiologia.

Os dois ex-presidentes acompanham as negociações referentes à eleição municipal de São Paulo. Lula apoia a candidatura do ex-ministro da Educação e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT). No último final de semana, o PSDB escolheu como candidato o ex-governador José Serra.
Fernando Haddad

Haddad visitou Lula na semana passada e disse que Lula está otimista em relação a uma possível aliança entre PT e PSB. A expectativa é que o PSB apoie a candidatura de Haddad. Lula deve receber nos próximos dias em seu apartamento em São Bernando do Campo, no ABC, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos.

Lula "está confiante", disse Haddad. "Tem uma relação muito estretira com o Eduardo. Tem muito respeito pela liderança que ele é. A conversa é não só com o PSB, mas com os demais partidos", afirmou o ex-ministro.

Haddad disse ainda que não participará da reunião e que não há pressa, pois é preciso respeitar o cronograma dos partidos. A estratégia é não apenas conseguir o apoio do PSB, mas evitar que membros desse partido em São Paulo que são ligados ao PSDB possam estabelecer alianças e fortalecer a candidatura de José Serra à prefeitura.

Saúde

O ex-ministro disse que se sentiu surpreso com a evolução do tratamento nas duas últimas semanas. “Tínhamos nos falado por telefone e a voz dele estava um pouco fraca. A melhora foi significativa. O cabelo está crescendo”, disse. Lula ainda se encontrava no Hospital Sírio-Libanês às 12h30 desta sexta para uma sessão de fonoaudiologia.

Apesar do encontro com Eduardo Campos, Haddad disse que, no momento, o mais importante é o ex-presidente se recuperar totalmente. “É importante ele se recuperar 100% e aproveitar esse tempo. As coisas ainda estão mornas”, disse. Segundo ele, a família do ex-presidente também entende que ele deve primeiro se recuperar para voltar às atividades políticas. Haddad admitiu, no entanto, que durante a visita no Hospital Sírio-Libanês, conversou com Lula sobre política, PT e eleições.


Nenhum comentário:

Postar um comentário