Sempre achei que através das preferências pessoais pode-se dizer muito a respeito de uma pessoa. Noves fora o preconceito que isso pode causar, é sempre bom lembrar o famoso ditado: diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
Mas o fato é que existe mesmo uma inegável relação entre a personalidade e as preferências nas várias dimensões humanas. Musica, cinema, literatura e esportes vão sempre ser identificados antes de tudo com o comportamento de um individuo. Longe de mim dar pitaco em áreas que desconheço totalmente, mas acho que isso em psicologia poderia ser algo como extravasar aquilo que é reprimido. Então no mundo das artes e dos esportes a tendência é preferir sempre aquilo que trazemos muito vivo dentro de nós, mas que por incontáveis razões não podemos fazer ou dizer clara ou publicamente.
O simpatizante, fã, torcedor, ou que nome tenha aquele que tem preferência por qualquer coisa, muitas vezes enxerga algo que outros não enxergam. Tem muita gente por ai que não entende como posso admirar tanto os Beatles durante praticamente todos os anos de minha vida e esta admiração não dá a menor pinta de que vai acabar. Mas é que eu ouço sons em suas músicas que despertam em mim emoções desconhecidas para outras pessoas, e muitas vezes para mim mesmo.
E na política não poderia ser diferente. Todos nós estamos sujeitos a preferir um ou outro candidato, um ou outro partido em razão dos discursos e comportamentos que vemos e ouvimos e que, é óbvio, corresponde ao que pensamos e queremos. Normal né?
E foi lendo esse texto de Eduardo Guimarães em seu excelente Blog da Cidadania ( não deixem de ler) que eu me lembrei de algo que eu já disse por aqui: uma boa forma de saber se este ou aquele candidato é compatível com meus ideais de governo e de política é observar seus eleitores e simpatizantes.
A partir das eleições presidenciais de 2010 o PSDB, o DEM e o José Serra conseguiram sacudir o monstro que estava adormecido na alma de seus militantes. De lá para cá o que se vê , em especial nos comentários desses militantes publicados na web é que os mesmos são capazes de praticar todos os tipos de ruindades humanas: ódios diversos, preconceitos de cor, gênero, raça, religião e classe. Elitismo e regionalismos. Falsos moralismos. Aversão a democracia. Entendimento de que políticas sociais são para vagabundos. Submissão ao deus mercado, etc, etc, etc. Evidentemente que a frente dessa "guerra" está a imprensa sempre a favor das politicas neo liberais e portanto contrárias a soberania do Brasil.
Então é isso aí. Se você estiver com dificuldade em decidir-se por um candidato, dê uma boa analisada no comportamento de seus simpatizantes e no que a imprensa fala sobre ele. É um excelente filtro.
Fiquem em paz,
Jonas
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