domingo, 25 de março de 2012

Folha vai julgar o mensalão. (O do PT. O de Minas, não.)

Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada


A palavra “mensalão”, como se sabe, é o login para o PiG (*)  abrir a página do Golpe contra Lula e, agora, contra Dilma.

O “mensalão” do PiG (*) não se refere à Privataria Tucana, nem ao “mensalão” de Minas, a Mãe de todos os Mensalões, que se inaugurou com o presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, e iniciou a parceria de Daniel Dantas com Marcos Valerio, no famoso “valerioduto”.



De onde vinha o dinheiro do Marcos Valério ?

A CVM sabe.

Nada disso interessa ao PiG (*).

Nem à Folha (**), portanto.

Foi o Franklin Martins quem definou o PiG (*) muito bem: o PiG (*) é independente do Governo e dependente do Daniel Dantas.

Hoje, a Folha (**) avoca a si o julgamento do mensalão (o do PT).

Na página 2, colonista (***) “investigativo”, um especialista em Gregorio Marín Preciado, fixa 15 de maio como a data limite para o Supremo.

O Supremo tem que botar sebo nas canelas, julgar o mensalado (do PT) até 15 de maio, se não, se não, babau.

Não dá tempo de dar o Golpe e eleger o Cerra prefeito de São Paulo.

É que depois de 15 de maio fica tudo para 2013.

Numa página interna, a Folha decide considerar impedido o Ministro Toffoli, porque ele namora advogada que, no passado, defendeu um dos réus do mensalão.

A Folha (**) dedica boa parte de seu tempo a elocubrar sobre a natureza do namoro do Ministro Toffoli: será noivado, casamento consensual, namorico de beira-do-portão, “juntar os trapos”, com quem fica o Neruda que eu te dei ?  – uma questão fundamental !

Há muito tempo, a Folha resolveu fazer um cerco, por exemplo, ao Ministro Lewandowiski, revisor do processo.

Tem que ler tudo rapidinho, para dar tempo de pegar a eleição do Cerra, este ano !

Desde o julgamento do CNJ, que a Folha (*) passou a tratar o Lewandowiski como aluno relapso, que não faz o dever de casa.

E a Folha se transforma em bedel implacável.

Daqui a pouco a Folha (*) vai descobrir que a Ministra Weber  não dá gorgeta à cabeleireira, em Porto Alegre.

Se namorar ex-advogada de réu desse “impedimento”, Gilmar Dantas (*) e o Ministro Macabu não poderiam julgar ações de crimes do colarinho branco.

Gilmar Dantas, porque a mulher trabalha com Sergio Bermudes.

E Macabu, porque o filho trabalha com Bermudes.

E Bermudes – o segundo advogado mais poderoso do Brasil; o primeiro é o Marcio Thomaz Bastos – foi um dos mais conspícuos advogados de Dantas.

O amigo navegante deve ter percebido que a Folha decidiu, ela própria, julgar o mensalado (do PT), diante do obstáculo que Lula e Dilma criaram.

Lula indicou Toffoli e Lewandowski.

E Dilma, Weber.

E, segundo os critérios isentos e imaculados da Folha, os tres, por definição são inconfiáveis.

Tudo isso, amigo navegante, para eleger o Cerra, aquele do “em time que está perdendo não se mexe

Clique aqui para ler “As camionetes da Folha e  ‘papai não sabia’

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