Cada vez mais agências humanitárias e voluntários utilizam as redes sociais da internet quando ocorrem desastres nas Filipinas, um dos países mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática. Os especialistas atribuem a redes como Facebook e Twitter o número de mortos ser de apenas 20 durante a passagem do tufão Megi, que em outubro atingiu este arquipélago com ventos de até 269 quilômetros por hora.
Por Kara Santos
Cada vez mais agências humanitárias e voluntários utilizam as redes sociais da internet quando ocorrem desastres nas Filipinas, um dos países mais vulneráveis aos efeitos da mudança climática. Os especialistas atribuem a redes como Facebook e Twitter o número de mortos ser de apenas 20 durante a passagem do tufão Megi, que em outubro atingiu este arquipélago com ventos de até 269 quilômetros por hora. Os Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronômicos das Filipinas (Pagasa) iniciaram sua conta oficial no Twuitter em meados de outubro, bem antes do impacto do Megi.
As atualizações em tempo real, que foram reenviadas pelos seguidores e informadas pelas principais rádios e emissoras de televisão, garantiram que o público soubesse quando e onde se esperava que o tufão fosse mais severo. Milhares puderam fugir para lugares mais seguros ou tomaram medidas de precaução antes da chegada do tufão.
Apenas um mês depois de criada, a conta da Pagasa no Twitter agora tem cerca de 28 mil seguidores que recebem as mensagens com informação meteorológica e atualizações sobre tempestades. “As redes sociais são muito populares por estes dias. Muitos jovens e os diferentes setores já usam este meio, por isso decidimos que também poderíamos aproveitá-lo”, disse Venus Valdemoro, encarregado da Unidade de Informação Pública da Pagasa.
Este estado de alerta diante da destruição que o país costuma experimentar, com uma média de 20 tufões por ano, tem origem nas dolorosas lições aprendidas a partir da fúria do tufão Ketsana, de 2009. Embora as Filipinas estejam acostumadas a enfrentar estes eventos climáticos na segunda metade do ano, padrões meteorológicos erráticos têm cobrado mais vítimas fatais e propriedades nos últimos anos.
Se esta vulnerabilidade foi combinada com o enorme interesse dos filipinos pelas novas tecnologias, o fato de estas serem usadas para atender necessidades sociais se torna bastante natural. Frequentemente se diz que Manila é a capital mundial das mensagens de texto. Segundo a empresa norte-americana Gartner, dedicada a realizar pesquisas sobre as tecnologias da informação, as Filipinas, com 94 milhões de habitantes, tem uma penetração da internet de 29,7% e é líder na Ásia em matéria de adoção de redes sociais.
Atualmente, é o sexto país no mundo no uso de Facebook e Twitter. No primeiro tem mais de 18 milhões de usuários, por exemplo, segundo a consultoria comScore. As agências humanitárias também pegaram o trem das redes sociais. A Cruz Vermelha das Filipinas as usa para divulgar notícias sobre suas atividades.
A conta dessa organização no Twitter conseguiu cerca de três mil seguidores nos dias posteriores ao seu lançamento, no pior momento do tufão Ketsana. Depois, os seguidores aumentaram para 42.364, e continuam crescendo. “O amplo alcance das redes faz com que sejam meios muito efetivos para comunicação com o público em geral”, disse à IPS a secretária-geral da Cruz Vermelha das Filipinas, Gwendolyn Pang.
A quantidade de seguidores dessa entidade no Facebook também aumentou durante a passagem do Ketsana, e o site ajudou a mobilizar voluntários para as operações de resgate, acrescentou Pang. Agora, há cerca 100 mil pessoas seguindo a organização nessa rede social. Esta tecnologia permite que todos possam se expressar, o que a torna indispensável na hora de divulgar anúncios, disse Pang.
Rubens Canlas Jr., assessor para temas de tecnologia da informação, disse que o uso das redes sociais da internete eliminou o “intermediário” na contaminação, permitindo obter a informação pública diretamente da fonte. “No passado não tínhamos outra opção a não ser depender do rádio e da televisão para recebermos atualizações sobre emergências e meteorologias, que não são maneiras eficientes de disseminar informação urgente”, disse Canlas.
Os canais de TV que competem entre si também criam um “gargalo tecnológico” quando entrevistam um porta-voz e, portanto, impedem que outro canal, ou emissora de rádio, tenha acesso a essa fonte durante certo tempo, explicou Canlas. “Agora, Pagasa pode transmitir por si mesmo a informação por mensagem no Twitter e a mídia pode, simplesmente, informar usando essa mensagem”, acrescentou. Embora o Twitter seja a única conta oficial da Pagasa, seus funcionários dizem que chove pedidos para abrirem outras no Facebook e no Friendster.
As Filipinas estão catalogadas como o país mais propenso aos desastres, segundo estudo do Centro para a Pesquisa sobre a Epidemiologia dos Desastres, com sede em Bruxelas. O Banco Mundial lista o país entre os mais afetados pela mudança climática, e o que corre maior perigo de enfrentar tempestades frequentes e intensas.
Em média, anualmente 20 tufões atingem o país. Megi foi o décimo deste ano. Em setembro e outubro do ano passado, os tufões Ketsana e Parma atingiram a ilha filipina de Luzón cmo diferença de uma semana entre um e outro, desatando as piores inundações em quatro décadas e matando mais de mil pessoas neste e em outros países da Ásia oriental.
As atualizações em tempo real, que foram reenviadas pelos seguidores e informadas pelas principais rádios e emissoras de televisão, garantiram que o público soubesse quando e onde se esperava que o tufão fosse mais severo. Milhares puderam fugir para lugares mais seguros ou tomaram medidas de precaução antes da chegada do tufão.
Apenas um mês depois de criada, a conta da Pagasa no Twitter agora tem cerca de 28 mil seguidores que recebem as mensagens com informação meteorológica e atualizações sobre tempestades. “As redes sociais são muito populares por estes dias. Muitos jovens e os diferentes setores já usam este meio, por isso decidimos que também poderíamos aproveitá-lo”, disse Venus Valdemoro, encarregado da Unidade de Informação Pública da Pagasa.
Este estado de alerta diante da destruição que o país costuma experimentar, com uma média de 20 tufões por ano, tem origem nas dolorosas lições aprendidas a partir da fúria do tufão Ketsana, de 2009. Embora as Filipinas estejam acostumadas a enfrentar estes eventos climáticos na segunda metade do ano, padrões meteorológicos erráticos têm cobrado mais vítimas fatais e propriedades nos últimos anos.
Se esta vulnerabilidade foi combinada com o enorme interesse dos filipinos pelas novas tecnologias, o fato de estas serem usadas para atender necessidades sociais se torna bastante natural. Frequentemente se diz que Manila é a capital mundial das mensagens de texto. Segundo a empresa norte-americana Gartner, dedicada a realizar pesquisas sobre as tecnologias da informação, as Filipinas, com 94 milhões de habitantes, tem uma penetração da internet de 29,7% e é líder na Ásia em matéria de adoção de redes sociais.
Atualmente, é o sexto país no mundo no uso de Facebook e Twitter. No primeiro tem mais de 18 milhões de usuários, por exemplo, segundo a consultoria comScore. As agências humanitárias também pegaram o trem das redes sociais. A Cruz Vermelha das Filipinas as usa para divulgar notícias sobre suas atividades.
A conta dessa organização no Twitter conseguiu cerca de três mil seguidores nos dias posteriores ao seu lançamento, no pior momento do tufão Ketsana. Depois, os seguidores aumentaram para 42.364, e continuam crescendo. “O amplo alcance das redes faz com que sejam meios muito efetivos para comunicação com o público em geral”, disse à IPS a secretária-geral da Cruz Vermelha das Filipinas, Gwendolyn Pang.
A quantidade de seguidores dessa entidade no Facebook também aumentou durante a passagem do Ketsana, e o site ajudou a mobilizar voluntários para as operações de resgate, acrescentou Pang. Agora, há cerca 100 mil pessoas seguindo a organização nessa rede social. Esta tecnologia permite que todos possam se expressar, o que a torna indispensável na hora de divulgar anúncios, disse Pang.
Rubens Canlas Jr., assessor para temas de tecnologia da informação, disse que o uso das redes sociais da internete eliminou o “intermediário” na contaminação, permitindo obter a informação pública diretamente da fonte. “No passado não tínhamos outra opção a não ser depender do rádio e da televisão para recebermos atualizações sobre emergências e meteorologias, que não são maneiras eficientes de disseminar informação urgente”, disse Canlas.
Os canais de TV que competem entre si também criam um “gargalo tecnológico” quando entrevistam um porta-voz e, portanto, impedem que outro canal, ou emissora de rádio, tenha acesso a essa fonte durante certo tempo, explicou Canlas. “Agora, Pagasa pode transmitir por si mesmo a informação por mensagem no Twitter e a mídia pode, simplesmente, informar usando essa mensagem”, acrescentou. Embora o Twitter seja a única conta oficial da Pagasa, seus funcionários dizem que chove pedidos para abrirem outras no Facebook e no Friendster.
As Filipinas estão catalogadas como o país mais propenso aos desastres, segundo estudo do Centro para a Pesquisa sobre a Epidemiologia dos Desastres, com sede em Bruxelas. O Banco Mundial lista o país entre os mais afetados pela mudança climática, e o que corre maior perigo de enfrentar tempestades frequentes e intensas.
Em média, anualmente 20 tufões atingem o país. Megi foi o décimo deste ano. Em setembro e outubro do ano passado, os tufões Ketsana e Parma atingiram a ilha filipina de Luzón cmo diferença de uma semana entre um e outro, desatando as piores inundações em quatro décadas e matando mais de mil pessoas neste e em outros países da Ásia oriental.
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