Numa demonstração explicita dos malefícios da concentração de renda o Santos F.C, através de seu presidente Luiz Alvaro de Oliveira Ribeiro, acaba de anunciar o fim de duas modalidades esportivas praticadas naquele clube: o futsal e o futebol feminino. E isto, segundo o presidente, é em razão dos custos que não podem ser suportados por causa do salário do seu jogador de futebol Neymar. ( leia aqui )
Desnecessário falar sobre a injustiça praticada sobre todos os demais atletas - uns trinta? quarenta? - daquelas duas modalidades esportivas ou de todas as demais pessoas envolvidas nessas atividades, e ainda sobre o publico torcedor desses esportes, em beneficio de um sujeito só. É privilégio demais para uma pessoa apenas.
E não se trata de discutir competência de ninguém, embora me pareça exagerada a quantia paga para esse moço - o Neymar - e alguns outros mundo afora apenas para jogar futebol.
Trata-se de enxergar no micro o que acontece no macro da economia e lamentar a perversidade com que tratada a nunca bem resolvida distribuição de benefícios ou de bens seja onde for.
E eu, que já não botava muita fé na legalidade da dinheirama que é derramada em cima de atletas deste e de outros países, agora me convenço também da maneira desleal e desumana como é gasto esse dinheiro, privilegiando uns poucos em detrimento de muitos outros. O circulo cruel da lógica capitalista globalizada se fechou lá na Vila Belmiro.
Esperemos que esta decisão seja apenas um desatino temporário dos envolvidos e que dentro de pouco tempo a razão lhes voltará e continuarão a incentivar e patrocinar outros esportistas tão bons em suas modalidades quanto são os jogadores de futebol, além de serem em alguns casos melhores seres humanos dentro e fora das quadras.
Jonas
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