"O carrinho fazia 25 km por litro. Eram veículos leves de fibra de vidro, bem pequenos (como que antevendo um futuro de carros para uma pessoa), mas não muito bonitos. Por outro lado, quem se lembra dos carros brasileiros dos anos 80, dificilmente poderá dizer que os outros eram uma beleza."
Conversando com um amigo, resolvi
garimpar na rede alguma coisa que falasse dos carros Gurgel, e de como
seu criador foi sacaneado por um governo vendilhão e por tubarões da
indústria, que não admitiam um legítimo concorrente, ainda que
minúsculo.
Pra quem pensa que os veículos
Gurgel não prestavam, convém lembrar das palavras de um senhor que os
tinha, e que era meu amigo, uns vinte anos atrás. "Gurgel não quebra e é
econômico". O carrinho fazia 25 km por litro. Eram veículos leves de
fibra de vidro, bem pequenos (como que antevendo um futuro de carros
para uma pessoa), mas não muito bonitos. Por outro lado, quem se lembra
dos carros brasileiros dos anos 80, dificilmente poderá dizer que os
outros eram uma beleza.
Gurgel não foi o primeiro a ser empresarialmente morto por montadoras grandes. O exemplo mais notório é o de Preston Tucker,
que fez nos EUA um carro muito a frente de seu tempo, muito melhor e
mais barato, mas bateu de frente com as "majors". Como os governos de lá
ou de cá pouco se lixavam para gerar competição e deminuir o poder dos
magnatas (e o daqui, também não ligava para criar empregos) não só não
ajudaram, como no que puderam, dificultaram a vida dos sonhadores que
lutavam contra os Golias do mercado.
Aos que forem mais novos,
assistam a esta breve reportagem do leilão da fabrica falida de Gurgel, e
tenham uma idéia de como remar contra a maré é dificil quando se está
em um estilo de sociedade como a nossa.
Outra boa reportagem pode ser lida no site Best Cars (aqui).
Outra boa reportagem pode ser lida no site Best Cars (aqui).
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