“Achamos que quando a população pode se expressar, nós fazemos melhor. A vontade política é que determina se prestamos conta ou não”, disse ela, pouco antes do elogio a Dilma: "Seus esforços criaram um padrão mundial no combate à corrupção".
No último dia de sua viagem ao Brasil, a secretária de Estado
norte-americana, Hillary Clinton, afirmou nesta terça-feira (17) que o
empenho da presidente Dilma Rousseff na luta contra a corrupção “criou
um padrão para o mundo”. Ela fez o comentário na abertura das discussões
da 1ª Conferência Anual de Alto Nível da Parceria para um Governo
Aberto, que reúne líderes de 53 países na capital federal.
Criada no ano passado, a conferência surgiu de uma ideia de Dilma e do
presidente norte-americano, Barack Obama, que conversaram na 66ª
Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York (EUA). A parceria é um
fórum de participação voluntária.
Hillary afirmou que “os governos que se escondem do público, que
descartam a ideia de abertura” no futuro “terão mais dificuldade para
manter a segurança”. “A corrupção mata e destrói o potencial dos países.
Tira a motivação das pessoas. Este é um recado para nossas populações,
defendemos a abertura”, disse Hillary.
“Achamos que quando a população pode se expressar, nós fazemos melhor. A
vontade política é que determina se prestamos conta ou não”, disse ela,
pouco antes do elogio a Dilma: "Seus esforços criaram um padrão mundial
no combate à corrupção".
Em seu discurso no evento, a presidente Dilma disse que "todos têm a
ensinar". "Acreditamos que todos os países que participam desse processo
têm algo a ensinar e algo a aprender. Damos mais um passo no sentido de
construir relações harmônicas entre os países", afirmou.
Transparência
Hillary, que passará dos EUA para o Reino Unido a copresidência da
Parceria para o Governo Aberto, afirmou que os esforços de divulgação de
dados fará a diferença entre os países no futuro. “O futuro não é de se
estamos no Norte ou no Sul, à esquerda ou à direita, mas se temos um
governo aberto ou fechado”, disse. “Quem descartar a abertura ficará
para trás.”
A secretária elogiou esforços para abertura no Norte da África, de onde
vieram delegações de dois países que passaram por revoluções recentes:
Tunísia e Líbia. Depois da passagem pelo Brasil, Hillary segue para a
Bélgica. Antes, ela esteve na Colômbia para a reunião de Cúpula das
Américas.
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