Um de meus passatempos prediletos é descobrir novas coisas para o computador principalmente como baixar e armazenar arquivos.
A preocupação é sempre em cima de espaço no HD e óbviamente o medo de perder minha preciosa coleção de musicas e fotos, sendo que as duas já somam perto de 4.000 unidades cada uma, o que sempre me leva a pensar em alternativas de fazer cópias seguras disso tudo.
E um dia desses fuçando por ai encontrei um compactador de musicas e fotos bem bacana e facilimo de usar, especialmente para músicas pois ele as reduz de 180 ou 200 bits para 64 ou menos sem perder a qualidade. Isso multiplica em duas ou tres vezes a capacidade armazenamento de pendrives e cartões de memória.
Logo pensei no cartão do meu tocador do carro que é um cartão de 2 GB e nele cabem perto de umas 150 ou 180 músicas. Nunca o usei na sua capacidade total. Mas quando eu encontrei esse compactador eu pensei: oba! vou poder gravar mais de 400 musicas para ouvir no carro.
E parti para a ação. Primeiro passo: escolher 400 musicas do meu acervo.
Foi aí que dei de cara com uma espantosa descoberta: não tenho 400 musicas ( excetuando-se as 230 dos Beatles) com as quais eu me identifique ou queira de ouvir mais de uma vez em curto espaço de tempo. Travei. Me frustrei e larguei meu projeto pra lá.
Gravei isso sim, pouco mais de 20 músicas no meu cartão para ouvir no carro dizendo a mim mesmo: quando eu enjoar dessas eu gravo outras 20. Reparem só: de 400 para 20! Comprovei para mim mesmo que as musicas que me agradam de verdade não passam de 20. Ou que sejam 50 vá lá. É qualquer número bem longe de 400.
E foi quando eu pensei nessa sempre crescente e obsessiva mania que muitos de nós temos em juntar coisas: sapatos, musicas, livros, dinheiros, etc.. Besteira. Basta que de tudo isso tenhamos apenas o necessário para a satisfação de nosso prazer ou de nossas necessidades. O suficiente de qualquer coisa é bem menos do que pensamos.
Não dá pra deixar de falar no costume dos dias de hoje que o sites de relacionamento disseminaram e que se chama "comunicar-se com amigos." Nesses lugares a gente percebe uma verdadeira compactação de amigos. Quem precisa comunicar-se com tantas pessoas? Quem pode ter afinidade com tantas pessoas? Como se pode usufruir da companhia de tantas pessoas? Quem pode ter prazer em amizade com tantas pessoas?
Façamos pois o inverso. Ao invés de compactarmos com vistas à caber mais, seja lá o que for, o que temos que cuidar é de expandir . Em especial as amizades que já temos. Aqueles poucos amigos que temos e que valem ouro. Com os quais a gente se comunica, se afina e pode usufruir da companhia. Aqueles que a gente quer encontar e ouvir toda hora.
Não sei quantos GB eu tenho no coração mas asseguro a voces que sinto-o pleno, cheio, transbordante de tudo que tenho.
Fique em paz,
Jonas
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