No exato momento em eu que escrevia este texto eu lia que a escola de samba viradouro ( minisculas de proposito) ficou em ultimo lugar na apuração do desfile do carnaval do Rio de Janeiro. Merecidamente.
A coisa viradouro é presidida por um homem que supostamente é pai de uma garota de 07 anos. E é de se esperar que homens que ocupam lugares de destaque, mesmo em coisas, tenham comportamento adequado nos campos da decencia e na proteção de nossas crianças e adolescentes.
Mas esse suposto pai, certamente cego pela busca da glória da coisa que preside, permitiu - ou sei lá se não impos - que sua pequena filha Julia Lira desfilasse como madrinha da bateria da coisa viradouro.
Um descalabro autenticado pela assinatura de uma juiza de nome ivone caetano, indevidamente chamada de titular da Vara da Infancia e Juventude e que indeferiu um pedido do Conselho Estadual de Proteção a Criança e ao Adolescente de que fosse proibido tal desmando.
A acanhada mãe de Julia, esposa do presidente da coisa, no começo balbuciou algumas palavras contrárias ao exibicionismo impróprio de sua pequena Julia dizendo ao suposto pai: "voce vai criar problema para si mesmo" ao que o cego pela gloria e presidente da coisa respondeu: "e qual é o problema?"
Eu faria uma lista de incontaveis problemas mas cito apenas os que envolvem a pequena Júlia: ela viu-se de uma hora para outra sendo exigida a cumprir um papel estressante e extremamente visivel por talvez milhões de pessoas e é desnecessário dizer que se tem muito adulto que treme diante disso que dirá uma criança.
Vestiram-na de uma fantasia cuja parte superior é moldada de tal forma a contornar seios que ela não tem. Infamia é pouco.!!
Julia já tem alguma noção de erotismo e sensualidade e sabe muitissimo bem que o papel de madrinha da bateria é sempre representado por mulheres adultas, com corpos idem e com movimentos sensuais que ela não sabe nem de longe imitar. Mais estresse.
Vejam a declaração de um membro de escolas de samba que eu tenho certeza que chegará ao conhecimento da pequena Júlia: A madrinha tem “o papel de motivadora, de ser um símbolo sexual que nos inspira a tocar melhor”, disse Rafael Sampaio, um ex-integrante da bateria da Mangueira, uma escola de samba rival.
Essa coisa não deveria ter rival e sim inimigo.
Mais tarde a acanhada e submissa mãe de Julia diria que “Ela está fazendo o que gosta, que é dançar, e como sempre nós estaremos lá para apoiá-la.”.
Quero perguntar a essa acanhada, submissa e suposta mãe se por acaso Julia decidir não ir mais a escola por que não gosta se receberá apoio. Quero saber se Julia ,ainda na casa desses seus sete preciosos anos de idade resolver fumar cigarros - mesmo dos comuns - dizendo que o faz por que gosta se essa zelosa mãe vai apoiar.
Quero saber da juiza ivone como ela se relaciona com os individuos do sexo feminino de sua familia, especialmente com as crianças. Quero saber dela se ela coloca as pequeninas de sua familia como atrizes principais de eventos em que se esbanja sensualidade e erotismo.
Ao presidente da coisa e suposto pai não pergunto nada. As perguntas ele as fará para sí mesmo quando Julia aos poucos largar de sua mão, que deveria ser sua principal fonte de calor e de proteção, para segurar em mãos estranhas que a levarão a lugares quem sabe menos alegres, menos visiveis.
Vejam as noticias aqui, aqui, aqui e aqui.
Fiquem em paz
Jonas
PS não esqueçam de rolar a tela até o fim e ao verem umas fotos flutuando cliquem nelas pois é o link para o Flickr.
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