Dezessete meninos cantaram hoje ( 07/02/10) diante das tendas de campanha da École de Musique Sainte Trinité instituição que a Viva Rio apoia juntamente com a OEA.
Professores de musica e jovens estudantes em meio ao silencio da tragédia que vive o Haiti levaram harmonia a um campo de refugiados com 120 familias.
Disse o coordenador de música da OEA, Mariano Vales- promotor de um programa para a juventude em risco lançado na Jamaica, Santa Lucia e Haiti - que a idéia é mostrar que se pode fazer algo lindo no meio de tudo isso.
Na versão haitiana desse projeto foram recrutadas 1,8 mil crianças dentro da Sainte Trinite - uma instiuição educativa com mais de 5 mil crianças - pelo menos 600 delas mortas no terremoto de 12 de janeiro. Da esola hoje não restam mais que escombros. Alunos e professores, alguns deles membros da Orquestra Sinfonica Nacional do Haiti, se reuniram para tocar "pelo menos para eles", assinalou Vales.
" Queremos demonstrar ao mundo que o Haiti revive e que é preciso começar a reconstruir. É simbólico, mas é uma apresentação que demonstra que é preciso seguir adiante", declarou Valmir Fachini, porta voz da Viva Rio.
Fachini ressaltou a importancia de que o concerto de hoje se repita em espaços maiores, inclusive no Campo de Marte, nas imediações do Palácio Nacional e onde milhares de pessoas permanecem ao tempo protegidos apensa por trapos e lonas de plásticos.
"É duro perder os entes queridos, mas é preciso recomeçar. Eu acho que toda essa gente tem força suficiente para isso", disse. " Esse é o recomeço da Escola, isto é para dizer ao povo que seguiremos adiante".
Entre as moscas, sob um toldo verde e um publico de refugiados e bombeiros brasileiros observando, jovens e professores foram se revezando para tocar musica popular e erudita em um palco improvisado e montado no patio de uma das poucas casas que ficaram de pé pelos arredores.
Um deles foi Theophile Joseph, um flautista de 33 anos que se encorajou a participar do evento motivado pela possibilidade de levar a algumas pessoas alguns "minutos de felicidade".
"Depois do terremoto, não queria mais tocar. Mas quando me dei conta de que a música me fazia bem, toquei a flauta durante tres dias e me senti muito melhor. Depois pensei: se a mim faz bem, com certeza faz aos outros também", explicou.
A escola quer reiniciar suas atividades em 01 de março em um pátio perto das ruinas da escola destruida.
"Não temos psicólogos para ajudar as crianças, mas temos instrumentos para que toquem", disse o flautista.
Fiquem em paz,
Jonas
a beleza às vezes surge dos escombros. é isso o q nos torna humanos?
ResponderExcluirSim Edu certamente. Há algo de extraordinário na criação que sempre faz renascer o seu lado mais bonito.
ResponderExcluirAbraços