Minha filha mostrou, postado em
sua time-line do facebook, comentário de uma moça perguntando por que todo petista é
fanático.
A primeira resposta que me
ocorreu foi: Não. Não são os petistas que são fanáticos, os outros é que são
alienados.
Sem querer generalizar como fez a
moça-contato de minha filha, a verdade é que é mais fácil encontrar entre
eleitores petistas muito mais militantes entusiasmados com o debate político do
que os eleitores de outras correntes.
O que me parece é que essa parte
do eleitorado que não se anima com a política é a parte que não despertou para
a democracia e que ainda prefere deixar por conta dos veículos de comunicação a
divulgação das informações sobre como andam as coisas no Brasil, do mesmo jeito
que éramos obrigados a fazer lá nos idos da ditadura.
Não sabem esses acomodados que
para além das questões cruciais para o país tais como educação, saúde,
segurança, emprego, renda e tudo o mais o que está sempre em jogo é a liberdade
ampla – de pensamento e de comportamento - para todos os cidadãos.
Basta ver a verdadeira “guerra”
travada todos os dias por dezenas de grupos representantes das várias minorias
como negros, mulheres (ainda), gls, sem-teto, sem-terra, os sem-qualquer-coisa
e os pobres que, embora numericamente maiores
que qualquer outro grupo, são ainda os menores dos menores, todos eles privados
de mecanismos que defendam suas liberdades básicas.
Boa parte desses que se julgam não
fanáticos, ou ainda críticos isentos das lambanças das administrações publicas
são na verdade militantes do continuísmo que sempre relegou aos mais fracos as
migalhas produzidas pela sociedade da qual eles, os relegados, são os
principais obreiros.
O incomodo dos acomodados é ver
que existe uma convocação surda, porém quase irresistível, para que eles se
mexam e façam por seus semelhantes aquilo que exigem que façam para si mesmos.
O que incomoda os acomodados é sentirem-se incapazes de apaixonaram-se por uma
causa e por isso sentem-se humanos pela metade. Sabem que neles próprios falta
aquele pedaço que nos difere dos animais irracionais e que deveria levá-los a
sonhar com uma sociedade fraterna e plural.
Para coroar essa insistente
incompreensão do que seja uma militância aguerrida eu ouvi no domingo, pela televisão,
um desses “especialistas” respondendo ao
ser perguntado por que as pesquisas em São Paulo haviam informado de maneira
tão diversa do resultado final qual era a intenção de voto do paulistano, o
dito cujo respondeu:
“É que o eleitor petista não
sabia que o Haddad era candidato do PT e só foi saber um dia ou dois antes das
eleições” (!! )
Está aí a prova cabal das ilações
irresponsáveis de quem teima em colocar o que pensa o provo brasileiro por trás de seus calculos e metodos altamente suspeitos de tentar interferir nos destinos da nação.
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