Itaquerão ou Arena do Corinthians? A
imprensa esportiva paulistana está apoiando declaração
do presidente corintiano, sr Mario Gobbi, de que o novo estádio do
Corinthians não deve ser chamado de Itaquerão e sim de Arena do Corinthians,
sob a alegação de que o nome daquele
local vai ser explorado comercialmente, haverá um contrato para isso. Difícil saber o que uma coisa tem a ver com outra, pois
digamos que o São Paulo F.C. queira fazer a mesma coisa. Como se sabe o
estádio do tricolor paulista chama-se oficialmente Cícero Pompeu de Toledo, mas
é muito mais conhecido simplesmente como estádio do Morumbi. Será que haveria
algum impedimento para essa transação
comercial? Desconfio que a empresa que se propor a explorar uma marca deve ter competencia suficiente para superar difilcudades com essa e emplacar o nome que desejar.
Note-se ainda que os estádios da cidade de São Paulo são bem
mais conhecidos pelo bairro onde estão situados que pelos nomes oficiais: Morumbi,
Canindé, Pacaembu, Parque Antártica, Parque São Jorge. E agora os corintianos
já consagraram e popularizaram o seu novo estádio como o Itaquerão, uma vez que
está localizado no bairro de Itaquera.
Itaquera, para quem não sabe, é um bairro da
periferia de São Paulo e que, como todo bairro de periferia, é majoritariamente
pobre, carente de muita coisa e um tanto distante da zona central da cidade.
Transito complicado, transporte publico super-lotado, e serviços em geral meia
boca.
Como vivemos em uma sociedade de castas não
estará havendo aqui algum tipo de preconceito? Deixa pra lá né?
A quem interessa pressionar o STF? Por
estes dias estamos sendo afogados por uma enxurrada de declarações partindo, em
sua maioria esmagadora - talvez seja em sua totalidade- do braço midiático da
direitona paulista ( Veja, O Globo, Folha e Estadão) de que os acusados do
mensalão, seus simpatizantes e partidários estão pressionando o STF para adiar
o julgamento do dito mensalão. Isso já está assim tem uns dois meses e se
acirrou nos últimos dias por conta das declarações espalhafatosas e
contraditórias de Gilmar Mendes acusando Lula de tê-lo chantageado para adiar o
julgamento do "maior crime da história do Brasil" , nome
dado ao mensalão pelo mesmo braço midiático.
Isso carece de lógica. Vamos fatiar o assunto pra
ver no que dá.
1) Para que os envolvidos no tal crime vão
provocar os juízes? Uma provocação
dessas resultaria em um julgamento sumário e condenação
de todo mundo no melhor estilo "você-sabe-com-quem-está-falando?".
2) Consideremos o contrário: que os tais juízes
cedam às pressões e inocentem um monte de gente, deixando a sociedade brasileira com a sensação que o STF é uma pizzaria no pior sentido. Quem quer isso? A direita?
A imprensa? Sim. Pois a cartada seguinte seria uma "campanha de moralização das instituições nacionais" ou então um golpe mesmo, para falar o portugues mais claro.
3) Se pressionarem o STF os envolvidos no
julgamento acabam por entregar o jogo para a oposição
que, se a pressão puder ser comprovada, terá um enorme trunfo nas mãos durante
as campanhas eleitorais municipais deste ano, trunfo este muito mais valioso até que as
próprias condenações, caso ocorram, uma vez que essas possíveis condenações não
atingem candidatos a nada.
4) Nada vai mudar no Brasil por conta desse
julgamento. Não é possível que Lula tenha um projeto político tão pequeno,
restrito apenas à um julgamento por conta de crimes nos quais 80% dos
brasileiros não o inclue. Lula com toda certeza tem projetos bem maiores e
mais ambiciosos, do que ficar bancando a candinha do momento.
E fico por aqui, pois se continuar eu vou acabar
dizendo que a oposição é quem está pressionando o STF.
Lulofobia
e lulomania Seguindo a mesma trilha de Gilmar Mendes, um assessor do
governador Perillo disse sem meias palavras: "Lula vai se arrepender
amargamente de ter colocado Marconi Perillo no olho do furacão". Este
assessor atribui ao Lula poder de pautar e resolver assuntos internos da CPMI.
Vivemos tempos de contradições políticas nunca
dantes observadas na história desse país. Se repararmos bem, jamais houve na
nossa política uma figura tão execrada, xingada, amaldiçoada, odiada e ao mesmo
tempo tão poderosa - segundo a oposição
- como Lula.
Sofrendo de um misto de fobia com mania, a oposição
não consegue propor uma agenda de debates positivos para a nação, não consegue discutir qualquer coisa que não
passe pelo blá-blá-blá de uma corrupção
"jamais vista", do projeto do PT para dominar o mundo e da
onipresença do Lula.
Ou seja, sem se dar conta a oposição contribui para que aconteça aquilo que devemos
verdadeiramente temer: a existência de um projeto único para o país, a ausência
de contraditórios, a inexistência de alternativas para qualquer proposta. Isso
é péssimo.
A saia justa diplomática. Esperemos ser essa a última vez que
falamos no Gilmar Mendes. Precisamos daqui para frente deixá-lo onde ele merece
estar: na Caverna do Ostracismo, fundos. Pois muito bem. Devido suas declarações
ainda carentes de confirmação sobre Lula
tê-lo pressionado o meritíssimo disse, no meio de tudo, que “aqui não é Venezuela onde o Chávez manda
prender juízes”. Isso custou uma nota do embaixador da Venezuela no Brasil, que
nos envergonha a todos:
“Nota oficial da Embaixada
da República Bolivariana da Venezuela no Brasil
As
declarações do ministro do STF Gilmar Mendes ao jornal O Globo,
se de fato ocorreram, constituem uma afronta à população
venezuelana, e demonstram profunda ignorância sobre a realidade de nosso país.
Nossa
Constituição, elaborada pela Assembléia
Constituinte e referendada pelas urnas, determina a separação de poderes, estabelece direitos de cidadania e
configura os instrumentos judiciais cabíveis, ou seja, o presidente da Venezuela
não manda prender cidadão algum, independentemente do cargo que ocupe.
Recorrer à
desinformação para envolver a
Venezuela em debates que dizem respeito apenas aos brasileiros é uma atitude
indecorosa – ainda mais partindo de um ministro da mais alta corte da nação irmã – e não reflete a parceria histórica entre
Brasil e Venezuela.”
A gente podia dormir sem essa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário