terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sensatez?

A qualquer hora me rodeará um sensato e me dirá - cale-se! Não há nenhuma sensatez no que voce diz e no que voce faz!

E eu o mandarei para o inferno.

Sai daqui maldito morno!! Sai daqui miseravel covarde!!

Quando eu sentiria a embriaguez do amor, se eu fosse sensato??

Quando eu me encantaria com a magica da descoberta por avançar sobre o desconhecido, se eu agisse com sensatez??

Quando - em nome da sensatez - eu me arrepiaria com o medo do vão seguinte??

Ahh os sensatos!

Não sabem nada dos prazeres da loucura, não deixam as taças transbordarem para delas beberem sofregos!

Não despertam antes de todos para não ouvirem o silencio da madrugada! E nem assistirem o sol beijar a lua.

Nada fazem em demasia e nada fazem de menos. Acham que tudo tem boa medida.

Não sabem que de tudo sempre cabe mais em tudo.

Equilibram-se na sanidade fantasiosa dos que tem certeza de tudo.

Moluscos, aninham-se na segurança de suas conchas que arrastam pela vida afora com medo do sol sobre a pele, com medo da chuva e da terra molhada sob seus pés.

Nem desconfiam que basta pisar a esquerda ou a direita do fio de suas mediocres existencias, para descobrirem que podem viajar em estradas largas cujos horizontes não se alcançam jamais.

Fiquem em paz.

Jonas

6 comentários:

  1. Não deixam as taças transbordarem para delas beberem sôfregos. ë. belo verso... parabéns e obrigado por encher nosso dia de pequenas insensatezes... abraços, sobrinho du.

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  2. Eita Du! É insensato inchar-se?

    Abraços, Jonas.

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  3. Obrigado Carô, não só não sei se tudo isso reside na insensantez ou se é justamente o contrário

    Jonas

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  4. Ratifico!
    Totalmente.
    Bjocas,
    Yara

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  5. Obrigado Yara, gentileza sua.

    abraços Jonas

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