Leio por ai uma quantidade de comentários sobre a triste corrupção que assola nosso país. Mas penso que a maioria deles peca ou por uma analise leviana e quase sempre carregada de ironia portanto fugindo da seriedade levando-nos a rir ao invés de refletir, ou então outras tratam do assunto de maneira apaixonada e quase sempre com opiniões pessoais o que dá quase que no mesmo daquelas que nos fazem rir.
Escolhi no Blog do Ricardo Noblat o que está escrito por Ruth Aquino e que é para mim escrever inflamado por preferencias pessoais e consequentemente sem olhar com a devida isenção o que está acontecendo e escrevi o seguinte comentário:
Sra Ruth enquanto lia seu texto em minha cabeça ia se formando o que eu pretendia comentar mas ao abrir o espaço de comtários lí que muitos que por alí estiveram antes de mim já escreveram o que eu iria escrever. Repetir portanto é desnecessário.
Mas ainda vale dizer o seguinte: quem lê o que a sra escreveu pensa que ou a senhora desembarcou agora no Planeta Terra vinda lá dos confins da galáxia ou a sra esteve em coma durante sua vida e perdeu uma parte enorme da historia do Brasil.
Tenho 57 anos de idade e acho que desde os 45 ouço e vejo casos de corrupção que permeiam as relações cidadãos X repartições públicas. Desde o mais modesto funcionário de cartório - carimbador de documentos muitas vezes inúteis - até os escrivinhadores das Leis do país muitos , muitos mesmo, recebem propinas, aceitam e trocam favores.
Parece muito mais que a corrupção, o suborno, caminham junto ao Homem desde que ele começou a caminhar pela face da Terra.
Isso não exime e nem absolve ninguem das culpas pelo que faz e que deve ser punido rápida, severa e exemplarmente a fim de desestimular outros aventureiros.
Os culpados são muitos, muitíssimos, mas é preciso lembrar sempre que não existem corruptos sem corruptores. Não existe maneira legal de circular tanto dinheiro como vemos circular enfiados em meias, cuecas e bolsas. Existe por trás desses esquemas uma legião de pessoas da chamada sociedade civil que dão o respaldo, que oferecem a logistica necessária para tudo isso acontecer.
E estranhamente nunca vemos os homens publicos de todos os niveis, funções e responsabilidades assanharem-se para buscar e prender todos os participantes das maracutais, tudo sempre se restringe à parte politica da coisa toda.
E muito menos vemos nos noticiários de todos os meios investigações para ajudarem na busca dos responsáveis pelos desfalques e que estão do lado de cá do balcão.
E desconfio que sei por que: talvez seja por que muitos deles podem ser nossos próprios patrões.
É preciso antes de tudo uma indignação nacional, um verdadeiro desejo de fugir dos favores - desde os do guarda de transito da esquina até aos mais graudos oferecidos nas salas de todas as autoridades - e sentar à mesa para rever nosso modelo de sociedade.
Jonas
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